quinta-feira, 19 de outubro de 2006

PAULO BENTO !

Gostava de realçar o discurso do Paulo Bento. Ontem e quase sempre (só não digo sempre, pois não me lembro se alguma vez estive em desacordo).

É um discurso à Sporting!

Porque enfrenta as situações de forma clara e inequívoca, não fala no “vocês sabem de quem eu estou a falar” porque ele diz logo o que quer dizer. E não deixa dúvidas a ninguém sobre as posições que toma. Não me refiro aquelas que são do seu livre arbítrio enquanto treinador, porque ele só tem que explicar as opções que faz aos patrões, e, mesmo assim, em momentos de avaliação dos resultados (eu, por exemplo, gostava mesmo de saber o que se passa com o Abel, mas perante a postura profissional do Paulo Bento não me resta senão confiar que há razões para isso).

Foi assim quando da saída do Sá Pinto. De tal forma que por muito que a imprensa desportiva tentasse criar um caso este nasceu morto. Ainda retenho na memória (pelo que podem não ter sido estas as palavras exactas) “Eu disse-lhe que não contava com ele, se ele mesmo assim quis informar que pretendia continuar não posso fazer nada.”

Foi assim, ontem. Falhámos, trabalhámos para um resultado melhor, mas falhámos e os falhanços pagam-se caro (não estou de acordo que seja na Liga dos Campeões, pois acho que é em todo o lado, mas isso não interessa nada para aqui).

Não foi, nem o árbitro (aliás como se pode andar a dizer mal dele?), nem a relva, nem que os jogadores são jovens, nem que não isto ou aquilo. Foi que entrámos mal no jogo, eles aproveitaram e, vai daí, saiu uma derrota porque não fomos capazes de ser eficazes contra 10.

Querem melhor que isto? Não se aproveitou da ovação dos adeptos, não branqueou que as coisas ficaram mais difíceis.

Só para comparar, os coisos tiveram o mesmo discurso após o jogo com o Sporting da Escócia. A diferença está que eles têm um ponto e nós 4! E essa diferença torna o discurso do Paulo Bento em algo a que devemos dar atenção pois para ele as coisas são primeiro aquilo que ele gostaria que fossem e depois aquilo que são, coincidam ou não (como diria o Esteves, versejei.)