sexta-feira, 16 de março de 2007

Venenos 16

Os lampiões, com a equipa a precisar de marcar mais um golo e as coisas a correrem mal, assobiam o Moreto, que está em campo, e a entoar bem alto o nome do Moreira, que está no banco. São uns elitistas, completamente antidemocráticos.
Nós, cá no Sporting, pelo contrário, somos mais liberais que o Espada e distribuímos a fruta pela malta toda: começamos no guarda-redes e só paramos no banco. A bem dizer só se safa o Varela, se estivermos a jogar contra o Setúbal; e é porque não está a jogar pelo Sporting. Se for contra outra equipa qualquer, só não dizemos mal da bola. Que importa se foi respondendo a um passe longo do Ricardo que o Liedson partiu os rins ao Luisão e enfiou a bola na gaveta dos lampiões, se ele disse um dia que era benfiquista desde pequenino e sai mal aos cruzamentos: não merece nem as 2 milenas que o Rui Patrício ganha! O Caneira atraiçoou quem o ensinou a jogar e zarpou para o estrangeiro, e nem tem corrida para agarrar o gajo que vai sozinho por ali fora marcar-nos um golo. E mesmo aquele golaço que marcou ao Inter foi para disfarçar a tendência de enterra que ele tem. O Custódio não devia ser jogador de futebol porque se está sempre a enganar no lado para onde é a baliza do adversário; além disso deram-lhe a braçadeira por ele ter dado um pêro no Beto (esse sim um produto da nossa cantera, um verdadeiro sportinguista, a quem perdoamos mesmo o facto de ter marcado dois golos na própria baliza contra os lampiões, porque ele agora não está cá). Que o Polga actualmente seja o elemento que comanda a defesa em campo quase não cometendo faltas e que em momentos de dificuldade empurra a equipa para a frente é irrelevante; tal não passa de “corridas à maluca do medíocre, embora esforçado” jogador que chegou uma vez atrasado num voo do Brasil.
Mas o cancro começa no treinador. O que é que interessa que, recém-chegado dos juniores, tenha tirado da fossa uma equipa pouco apetrechada e desfeita, na época passada, levando-a ao segundo lugar e à liga dos campeões, se ele é uma reconhecida melancia, todo vermelhinho por dentro. E como é que ele pode ser bom se foi escolhido pelos nossos dirigentes? Estes são ou não são uma merda? Então como é que podem ter feito uma boa escolha? E como é que o Paulo Bento pôde aceitar ser treinador em resposta ao conjunto de trastes que o escolheu para treinador? Não conhece ele o marxismo (tendência Groucho)? Cá pra mim ele e a sua “capacidade disciplinar” é que provocaram o desatino do Carlos Martins, coitado, crucificado por um único deslize! O Paulo Bento está mas é a fazer entrismo no Sporting à boa maneira trotskista!
A bem dizer, e parafraseando Bulhão, no “Mãos ao Ar”, o único que se safa é o Miguel Garcia, que nos levou ao colo à final da Taça UEFA. Ele e os putos (estes com algumas reticências quanto aos filhos dos lampiões). Mas tinham de ser enquadrados por gente mais experiente. Para ensinar o Floribela havia de lá estar o Fernando Couto, do alto dos seus quase 40 anos (se nada se conseguisse quanto a futebol, alguma coisa o puto havia de aprender sobre penteados). E para ensinar umas coisas ao Yannick, deixa cá ver, só se for o Pauleta, com quase 18 em cada perna. Assim já conseguíamos ganhar ao Porto. Pelo menos em média de idades.