quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Iordanov

Os pormenores sobre a triste polémica à volta do Iordanov são conhecidos e, por isso, não vos vou maçar repetindo-os. O motivo que me leva a escrever é simples: não quero deixar de marcar aqui uma posição clara sobre tudo isto. E o que penso neste caso é também simples: sejam quais forem as razões de índole legal que assistam ambas as partes, tudo isto mete nojo!
Não é de estranhar que as coisas se passem assim no Sporting de hoje. Afinal já se passaram no Sporting de ontem. Outros grandes atletas do Clube, alguns capitães como Iordanov, foram igualmente tratados de forma canalha, depois de terminarem a carreira. Há, portanto, um triste patromónio nesta matéria.
Em vez de corrigir os disparates que foram cometidos no passado os actuais dirigentes teimam em repetir a asneira. E é, se calhar, por esta razão que o Sporting chegou ao ponto a que chegou: atingiu o invejável estatuto de espécie em vias de extinção.
Escrevi aqui há tempos que um clube como o Sporting não sobrevive sem mística e que esta não se compra. É um "produto" que não há, simplesmente, à venda nos supermercados... Os mágicos do défice parece não conseguirem encaixar esta verdade singela.
Resta-nos ter de admitir que estamos perante mais um feito notável na modalidade desportiva em que o Sporting, campeão das modalidades, se tem revelado mais ilustre nestes últimos anos: o tiro no pé!
Iordanov: nós é que não te vamos nunca esquecer!