segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ainda o jogo com o Belenenses

1- O Sporting devia proteger o Liedson, insurgindo-se contra a useira teoria de que ele é um jogador “espertalhão”. Já estamos cansados de ser preciso sei lá o quê para que marquem as faltas que fazem contra ele.
2- Que a opinião publicada não se dá bem com a estabilidade já se sabia. Que para isso não olha a meios não é novidade. Não precisam de tentar acabar com o PB esta época. Ele é o pontapé para a frente, o sistema rígido e sei lá mais o quê. Hoje há novos meios de informação, como este, onde as opiniões se vão formando para além dos fazedores de opinião de meia tigela.
3- Parabéns ao PB pela questão dos atrasos. Ao Sporting resta exigir que haja critério (o que não é tão pouco assim).
4- O Derlei jogou mal (sei lá em que terço, foi mesmo na área, não foi?) o João Moutinho anda a precisar de aprender a livrar-se dos adversários. Parece que nos novos jogadores a questão é quem tem lugar, o que é bom. Mas PB tem que considerar a hipótese de tirar alguém do passado se tal for necessário para voltarmos a ter um nº 7 em campo.
5- É sabido que estou com PB. É sabido que odeio que se assobie a equipa durante o jogo. Para mim isso dá-me liberdade para dizer que não percebo o que faz o João Moutinho nas grandes penalidades. Também quer dizer que gostei de se estar a apoiar a equipa antes do jogo, mas é preciso que de futuro esse apoio seja ainda mais parecido com o demonstrado após o golo
6- É reconfortante este sentimento de que a equipa se está a fazer até porque o PB não costuma dormir em cima de louros de pouco significado. Há muito trabalho pela frente
7- O Sporting tem que lutar pela passagem na LC. Não se pode manter o discurso dos coitadinhos.

O ROI do BES

O BES renovou os contratos que tem com os três clubes que dominam o futebol nacional. Não revelou quais os valores, mas referiu que os coisos recebem mais que os outros dois. Também referiu que o Sporting é aquele que mais retorno garante. Sempre que o BES está metido em negócios com o Sporting fico com a dúvida sobre o dever de lealdade da direcção. É ao Sporting ou ao empregador?

Venenos 30

Em vez daquelas bandeirinhas com publicidade que nos deixam nos lugares, volta não volta, sugiro a quem de direito que deixe uma garrafinha de água para a gente poder dar um pontapé como deu o Paulo Bento depois do golo de ontem. Caraças!, a gente também tem direito a meter a raiva cá fora depois de oitenta minutos a sofrer!
E aproveita e refresca os consócios...

Reflexões sobre a equipa do Sporting

Quanto a mim Master Lizard tem razão ao pôr um dos acentos tónicos do seu último (telegráfico) post na ineficácia goleadora de Derlei, considerada esta como paradigma da falta de eficácia da equipa no chamado, em futebolês, último terço do campo. Emendo: falta de eficácia ofensiva.
Do ponto de vista defensivo a equipa apresenta-se esta época, de um modo geral, muito melhor. Começa logo aí, no ataque, a defender. Nesta época tem sido, neste aspecto, muito mais eficaz, pois Derlei complementa melhor que qualquer dos que antes acompanharam Liedson, esse tipo de função: quando o Sporting perde a bola, ambos chateiam os adversários de maneira a voltar a ganhá-la, ou a que estes errem os passes, ou ainda, no limite, fazendo faltas para não deixar o adversário jogar. As faltas do Sporting são, na esmagadora maioria, cometidas ainda no meio-campo do adversário.
É assim que o Sporting vem compensando a menor qualidade que esta época tem, por enquanto, o sector defensivo em sentido estrito.
Neste, Abel aparece em boa forma, com bom jogo ofensivo (tirando o acerto nos cruzamentos, que tem dias…) e eficácia e boa colocação a defender. Mas Rony tem as limitações já aqui várias vezes apontadas, das quais avulta a sua deficiente colocação no terreno; não é um jogador inteligente. Paulo Bento passa-se com ele, ao longo dos jogos, corrigindo posições e atitudes. Na fase final do jogo com o Belenenses foi visível que PB estava sempre a chamá-lo e, quando já estávamos a ganhar, viu-se ele, irritado, mandá-lo trocar a bola, não em zonas atrasadas, mas mais à frente, no meio-campo adversário. No entanto a sua produção tem vindo a melhorar, quanto a mim por influência de uma situação que até agora não vi ser identificada pelos comentadores e analistas: a colocação de Moutinho no vértice esquerdo do losango do meio-campo. De facto, Moutinho, numa missão de sacrifício que o torna menos brilhante, tem vindo a ser o elemento que não permite aos adversários explorar esta maior insuficiência do nosso sector defensivo. Coisa que dificilmente poderia ser feita por qualquer um dos reforços da época (Ismailov já se viu que não sabe jogar à esquerda e Vucevic não tem suficiente jogo defensivo). A outra hipótese seria Adrien, mas este tem vindo a afirmar-se mais a meio do terreno e não descaído para um dos lados, além de que lhe falta experiência.
Mas a estrutura do sector foi muito afectada pela ausência de… Caneira. Sei que o que digo é polémico, mas observei isto com atenção: Caneira, não sendo um executante fora-de-série, era o líder da defesa, aceite por todos, na época passada. A sua liderança era aceite porque ele tem a capacidade de ler inteligentemente o jogo enquanto este decorre; e todos os colegas percebiam isso e acatavam as suas indicações. Esta época esse papel cabe a Polga o qual, beneficiando da confortante presença de Caneira a seu lado, fez uma época passada muito boa. Ora Polga não tem demonstrado as capacidades de liderança de Caneira. Por isso oscilou muito no início de época, falhando em certas ocasiões (aquele golo contra os lamps…) e não se exibindo a contento. Este jogo contra o Belenenses (aliás como a parte final, depois do golo, do jogo contra o FCP) pode ter contribuído para a afirmação de Polga no seu novo papel.
Nas últimas fases dos dois primeiros jogos do campeonato, fruto do resultado que se verificava, PB teve de recorrer, dentro do modelo de jogo do Sporting, a um sistema alternativo: passou a jogar apenas com 3 defesas e pôs mais um homem no ataque (contra o Belenenses até pôs um e mais um de apoio, pois tínhamos um elemento a mais). E Polga ficou com responsabilidade acrescida. Contra o Porto não esteve brilhante, mas agora conseguiu desempenhar bem o papel, subindo com a-propósito para desequilibrar e dando confiança à equipa, cá atrás.
A equipa está ainda a ganhar consistência, mas já se verifica uma capacidade que não tinha tão vincada na época passada: usar um sistema de jogo alternativo quando as incidências do encontro e do resultado a isso obrigam, sem afectar significativamente a coesão do todo.
E, no jogo contra o Belenenses, com resultados.
Agora falta ganharmos eficácia no último passe e na concretização. O que não é pouco…