domingo, 30 de março de 2008

A coisinha dele

Há pouco tempo, depois da última vitória por 4-1 do Sporting escrevi aqui que o resultado não poderia deixar de nos alegrar. Pode parecer absurdo a alguns patetas, mas as desgraças que acontecem ao Sporting nunca nos alegraram. Alegram-nos as vitórias. Só queríamos mesmo vitórias...
Ontem Paulo Bento, com a subtileza de um elefante numa loja de louça, dizia na conferência de imprensa que antecedeu o jogo de hoje que para ele é indiferente que os Sportinguistas digam bem ou mal da forma como o Sporting joga. Dito por outras palavras, Paulo Bento reage com indiferença às nossas apreciações e está-se marimbando para as nossas alegrias ou tristezas. As suas opções técnicas, conduzam elas a uma vitória ou a uma derrota da equipa, estão sempre certas porque ele as tomou e, como as tomou, estão ipso facto legitimadas. Ele é determinado e convicto e isso basta. É essa a única interpretação que se pode fazer destas afirmações levianas.
Ao mesmo tempo, o presidente do Sporting apelava ao apoio à equipa "nos momentos bons e maus". Os jogadores esses apelam também frequentemente ao apoio dos adeptos, mas para Paulo Bento o apoio e o reconhecimento do mérito, quando há mérito, é coisa despicienda. Ele lá segue, qual Lonesome Ranger, em direcção ao horizonte onde o sol se põe.
Como é indiferente o modo como nós reagimos ao comportamento da equipa, não vai ouvir Paulo Bento até ao fim da sua passagem pelo Sporting, pelo menos da minha boca, qualquer outra apreciação sobre a sua actuação. O Sporting vai vencer à custa da determinação do treinador, estamos todos certos...
No fim da época, se acontecer o pior e o Sporting não alcançar os tais vinte um pontos ou, mesmo que os alcance, não consiga diminuir a diferença para os adversários, a gente cá estará para lhe lembrar que quando "se põe uma coisinha destas em frente" o melhor é ter cuidadinho com o que se diz... É que fica gravado!
E, portanto, quanto ao jogo de hoje, voltem aqui ao KL lá para o fim da época que eu nessa altura digo o que penso...