terça-feira, 18 de outubro de 2005

Queremos a verdade!

Antes de mais nada, uma nota positiva para a maneira como o presidente Dias da Cunha defendeu a sua estratégia de manutenção do treinador. Por mim concordo com uma estratégia da estabilidade.
Outra nota positiva para o facto de Dias da Cunha ter referido que se o clube fosse "dele" teria agido de outra maneira. Fico contente pelo clube não ser dele.
A partir daqui só tenho notas negativas e interrogações.
O presidente começou por se confessar triste. Também a conferência de imprensa de hoje foi triste...
Há qualquer coisa de profundamente incoerente em toda ela.
Foi o próprio presidente Dias da Cunha que o afirmou: nas razões invocadas para apresentar a demissão, Peseiro referiu não conseguir garantir a blindagem do grupo relativamente aos pretensos ataques de que a equipa foi alvo. Os jogadores não tinham serenidade para trabalhar e a vulnerabilidade do grupo de trabalho era total. Dias da Cunha disse ainda que por ele Peseiro seria um treinador para ficar no Sporting por um período alargado. O Sporting, disse, precisava da competência e estabilidade que Peseiro trouxe à equipa.
Precisava, sim, mas afinal, parece que tudo isso tinha pouco valor. Por força dos "ataques" que o Sporting sofreu esta estabilidade teve de ser quebrada e a competência acabou por ser dispensada...
Mas, de que ataques fala Dias da Cunha? Quem os perpetrou? Vieram de dentro? De fora? QUEM FOI?!
E quem foi o responsável por ter deixado a situação chegar a este ponto? Quem deveria ter blindado o grupo?
O blackout vai continuar, disse DC... Afinal porque razão foi levantado? Há quanto tempo duram estes "ataques"? Porque é que só agora se agiu?
Pelo meu lado, só sei uma coisa: não gritei contra o treinador, não chamei nomes ao presidente, nunca assobiei um jogador, abomino a modinha dos lenços brancos e insurgi-me fortemente contra os comportamentos indignos de uma parte da assistência (até está escrito!).
E sei outra coisa: não fui só eu!
Porque raio um clube com a dimensão do Sporting, que cumpre este ano o seu centenário (uma idade que devia dar alguma experiência...), com uma parte substancial da sua massa adepta e associativa claramente civilizada e inteligente, porque raio, repito, se deixou o clube arrastar por uma parte minoritária dos adeptos (sabemos isso porque estamos lá!) e pelas manobras de um inimigo desconhecido que destruiu um trabalho tão importante e tão solidamente levado à prática??!!! Que força terão essas "forças"? Quando o dr. Paulo Andrade decidiu almoçar com as claques seria para formar um exército que combatesse as citadas forças? Foram contar petardos..?
Estava tudo de semblante carregado no início da conferência de imprensa de hoje. Mas, no final, quando vimos sucessivamente um Presidente que, violentado, fez o contrário do que pensa, um Administrador que admitiu antes de sair que não tinha paciência e um treinador que confessou que não conseguiu pôr os jogadores a jogar, quem ficou de semblante carregado fui eu...
Ouvido assim o discurso dos responsáveis é insustentável.
Faltará aqui outra informação? Nada disto se percebe.
O presidente Dias da Cunha vai ter de explicar tudo isto melhor...

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