A última AG provou que o eleitorado do Sporting está presentemente dividido do seguinte modo: 64,5% a favor da actual Direcção (quase dois terços) e 35,5% contra. Na prática é pouco importante saber qual é a correspondência disto com o número de cabeças, porque as regras do jogo estão assim estabelecidas e não vão ser modificadas até à próxima AG eleitoral.
Eu estou preocupado com ambos os grupos de eleitores.
Preocupam-me aqueles com quem mais me identifico, os do contra, minoria para efeitos eleitorais, mas apenas por um aspecto: o comportamento na Assembleia eleitoral. Porque o voto destes está no papo. Mas o seu comportamento pode tirar-nos votos dos do outro grupo. Como eu disse num escrito anterior, de cada vez que um conjunto de associados procura obstruir a fala a um orador, de cada vez que há insultos vindos da bancada, haverá dezenas de indecisos que se inclinam para a continuidade.
Mas preocupam-me, melhor dito, ocupam-me, muito mais aqueles que na última AG não votaram como eu. É no seio destes que teremos de recolher os votos necessários para obter maioria que eleja uma nova Direcção que, cortando com o passado recente, devolva o Sporting aos adeptos contando com eles para a tomada de decisões, que tire a gestão do vermelho em que tem estado, que ponha o clube na senda das vitórias.
Mas como, se eles estão a favor da continuidade?
Será que estão mesmo? Bem, uma parte está, com certeza e, quanto a esses, não há nada a fazer. Esses são os únicos que não me preocupam (ocupam)! Mas os outros? Aqueles que votaram com o CD porque, apesar de saberem que a gestão foi má, têm medo que a alternativa seja o populismo de tipo Sousacintrense ou o arrivismo popularucho de tipo Jorgegonçalvista. Depois de termos o Sporting numa plataforma "educada", com boa relação com a Banca, ninguém quer voltar à pré-história. Mesmo que isso custe prejuízos de mais de 2 milhões de contos/ano. Não ponham dúvida de que a grande maioria dos associados que votou com o CD está nesta posição.
São estes que temos de cativar.
Como?
Aceitam-se ideias. Mas depressa, pois o tempo urge!
A explicação para que muitos sócios votassem em favor do CD chama-se: equipa de futebol. Ouviram-se mesmo comentários de sócios à saída da AG, com receio que a derrota de FSF comprometesse as aspirações da equipa no campeonato e Taça. E o CD explorou isso até à exaustão, com as ameaças de ruptura na tesouraria, que, "curiosamente", a venda do património não resolveria a curto prazo...
ResponderEliminarÉ certo que a esmagadora maioria dos sportinguistas não quer um regresso do estilo de Sousa Cintra ou Jorge Gonçalves. Nem eu, que não gosto dos actuais dirigentes, quero. Mas há de facto um cansaço com esta gente do "projecto", que está de momento amenizado por causa do Sporting ainda ter aspirações ao título. Se a equipa ainda estivesse a "jogar" como no tempo de Peseiro, o cooptado bem podia fugir.
Acho que está tudo em aberto. Soares Franco será de certeza candidato, até porque ele representa os interesses da banca, que tem explorado o Sporting até ao tutano, e porque os seus "compagnons de route" não estão para se chatear. Aliás, já está a seu criada a tal "vaga de fundo" pelos Ribeiro Telles & Ca.
Segundo se "sussurra" por aí, irá aparecer um 3ª candidatura para além da de Abrantes Mendes e Soares Franco, porque Dias Ferreira e Guilherme Lemos não irão às urnas. É o que se diz. Veremos quem será essa terceira personagem...
Embora na generalidade concorde contigo, acho que as contas relativas às percentagens serão mais complicadas. estou convencido que houve gente que votou a favor da alienação porque concorda com esta medida, pura e simplesmente. Se concorda com o promotor (ou promotores) da medida, é outra conversa...
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