sexta-feira, 29 de setembro de 2006

O silêncio do Sporting e a Liga

Já aqui há tempo escrevemos que devíamos retirar o apoio a Hermínio Loureiro como presidente da Liga. Porquê? Porque o outro Loureiro continuava no barco e, como diz um anúncio, ‘se não fosse para ganhar’ alguma coisa com isso, ele não estaria ali!
Como também escrevemos, aqui, o que Filipe Soares Franco disse, ao ser questionado sobre a arbitragem, foi que "era premente e necessário que a Liga estivesse em funções desde o início da época".
Deduzimos daqui que o Sporting está à espera da tomada de posse da nova direcção da Liga para tomar posição. Pois não precisa de esperar mais, porque a providência cautelar do Nacional não foi considerada e os órgãos dirigentes vão mesmo tomar posse.
E continuamos a achar muito estranho que ainda não tenha tomado uma posição. A coisa traz água no bico e cheira a arranjos pré-eleitorais. Não gosto nada disso. Prefiro eleições feitas às claras, frente à opinião pública, face a um programa e uma lista de pessoas que o irão pôr em prática.
Mas o pior é se, em vez de arranjos, o que se fez foi arranjinhos; teríamos assim, finalmente o Sporting a mexer os cordelinhos dos mandantes no desporto rei.
Os sportinguistas não querem isto. Querem moralizar o futebol e não atolar-se na mesma lógica que levou ao estado em que as coisas estão agora. Ainda há uma réstia de esperança de que não se tenha ido por este caminho.
Nos jornais de hoje, referindo-se às confusões das demissões na Liga, FSF declara que “o Sporting tomará uma posição sobre essa matéria nos próximos dias”.
Já não é sem tempo; esperemos mesmo que seja já a seguir.
Mas que a posição não se limite às generalidades que Hermínio Loureiro debitou em campanha.
Que a posição tenha sumo, que tenha substância, que apresente soluções de curto, mas também de médio e longo prazo; soluções conjunturais, mas também soluções estruturais.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.