quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Largar uma quinhentola para se livrar do xadrez

Quero manifestar a minha concordância com o escrito abaixo, a que o Pedro não soube que título dar.
Também eu não ponho as mãos no lume por alguns dirigentes que passaram pelo Sporting (por exemplo, a fama de Duque precede-o).
Mas, para já, quem está em causa é o Veiga e não o Sporting.
O caso merece alguma reflexão.
É certo que nós, aqui no KL, estamos normalmente na oposição, no que respeita aos dirigentes Sporting. Mas esta oposição situa-se num patamar superior ao das anteriores fases de tipo "pato-bravo", na qual o Benfica ainda se mantém (o que parece encher os seus adeptos de contentamento, pois até já ganharam um campeonato, ao fim de uma data de anos de jejum). Quer dizer que, por mais descontentes que estejamos com os nossos dirigentes, rejeitamos um regresso ao passado em que o clube era dirigido por chicos-espertos mais ou menos bem sucedidos nos seus negócios. Deste ponto de vista abençoado Roquette, fautor principal desta passagem para uma outra lógica de actuação.
O nosso principal rival (nós, que somos pessoas de princípios, não mudamos de rival; como o fazem outros, a reboque de conjunturas) tem um problema que radica numa razão de natureza histórica: tornou-se na outra face da moeda do Porto, quando este começou a disputar-lhe (com sucesso aliás) a hegemonia. E isso manifesta-se de todas as maneiras, começando pelos tiques provincianos e acabando na reprodução dos actos de gestão. É assim que vemos jogadores (Féher, Jankauskas, Maniche, Deco, Sokota, Cândido Costa, Zahovic, Drulovic, etc.) e treinadores (F. Santos, Jesualdo) transitarem entre um e outro desses clubes (diga-se de passagem com nítida vantagem para o Porto).
Este fenómeno atingiu enfim a fase dirigentes, com a chamada do Veiga, este sim uma daquelas pessoas a quem eu nunca compraria um piassaba, quanto mais um carro em segunda mão.
A este propósito, atenhamo-nos à sabedoria popular, citando alguns provérbios:
• Quem anda à chuva, molha-se.
• Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele.
• Quem brinca com o fogo, queima-se.
• Tantas vezes vai o cântaro à fonte que um dia lá fica a asa.

Pois é Veiga, a vida é mesmo assim: nem sempre se ganha, nem sempre se perde e quanto mais alto se sobe maior é o trambolhão.

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