quarta-feira, 29 de novembro de 2006

O Sporting é secundarizado na imprensa

Já não é de hoje: no confronto com os outros clubes principais, o Sporting aparece sempre em segundo plano na imprensa. Hoje no Telejornal das 13h da RTP 1, a notícia de abertura da página de desporto era a lesão do Piccoli... Reparem: o jogo é em Alvalade, o Sporting tem um avanço de 7 pontos sobre o adversário (cujo nome, como sabem, me escapa sempre...!), mas a grande notícia do dia era o estado do tal jogador. E as notícias sobre o Sporting lá apareceram ao fim de uns longos cinco minutos de noticiário sobre a lesão do referido jogador e o relatório médico e mais rebéu-béu!
Não é a primeira vez que o Sporting é remetido para as últimas páginas dos telejornais. Mesmo quando, pela hierarquia das coisas, tudo indicasse que devia ser manchete. Neste aspecto chega a dar vontade de rir observar os alinhamentos dos telejornais. E não temos que nos queixar: o mal é geral. Todas as estações de televisão tratam o Sporting de forma democraticamente miserável. O Sporting, se quer publicidade, paga-a! E só é notícia a ocupar lugar de destaque nos noticiários pela negativa (veja-se o que aconteceu recentemente com o caso Veiga).
Porquê?
Que critérios orientam isto? Quem define os critérios? Porquê? Porquê?!
Dirão vocês: estás paranóico! Ah, estou?! Então façam a contabilidade das notícias sobre o Sporting, comparem-na com a dos outros clubes e depois mandem o relatório aqui para o KL que a gente publica!

4 comentários:

  1. Amigo, eu estou fartinho de dizer que a direcção do Sporting tem de vender o seu "peixe", que é o Sporting Clube de Portugal. Os lampiões fazem-no. De uma forma populista e bacoca, mas fazem-no. São kits de sócio, kits júnior, etc. Pá, não interessa. Eles têm o tipo de campanha própria para a generalidade de adeptos que têm. E resulta para eles. Se aquilo é sustentável, eu acho que não. Mas pior é não fazer nada.

    E o Sporting, o que tem feito?? Depois não nos podemos queixar que somos subalternizados pela imprensa em tudo. Na era mediática em que vivemos, a falta de visibilidade é fatal, porque seremos conhecidos pela imagem (ou falta dela) que os outros, por vezes hostis ao Sporting, projectam de nós. Há que vender e promover o sportinguismo. E financeiramente isso até faz todo o sentido. Galvaniza e mobiliza os sócios, bem como as equipas do Sporting. Se virmos bem, qual é o estado de espírito no nosso clube neste momento? Há optimismo em torno do clube e dentro do mesmo? Eu acho que não...

    Agora compara com o Sporting do tempo do Sousa Cintra. Havia ou não havia muito mais entusiamo e alegria? Havia. Será assim tão difícil criar optimismo no Sporting?? Caramba, ninguém quer o populismo de volta mas, à nossa maneira, não seremos capazes de não parecer estar de "luto" a toda a hora? Nem há dois anos, quando até fomos à final da UEFA o Sporting parecia ser uma família feliz.

    A questão da falta de promoção do clube entronca num mal crónico no Sporting, que é o snobismo, e que se encontra em dirigentes e adeptos. E é totalmente contraproducente porque não tem em conta o país em que o Sporting está inserido. Com que então não há sportinguistas que gostem de febras e couratos, nem vinho tinto? Mas quem é que pensam que gosta de futebol neste país? O universo sportinguista felizmente que não é a bancada VIP, nem as bancadas nascente e poente, senão eramos muito poucos. Vamos começar a impôr quotas a quem pode ser do Sporting, só para ser o oposto do Benfica? Bem, para agradar a todas as imposições dos "queques", mais vale o Sporting mudar-se para a Suécia, ou coisa do género. Mas também não teria muita sorte lá, porque os suecos não ligam pevas ao futebol.

    Desculpa lá o testamento, mas há coisas que eu não compreendo. Nós não temos nada que cultivar a "cultura" da boçalidade, como faz o Benfica. Esse comportamento só evidencia o pior que os portugueses têm. Não há pachorra para a treta do clube do povo, que é só uma forma de preconceito à esquerda.

    Mas, nem tanto ao mar, nem tanto à terra. O Sporting é um clube desportivo, cuja modalidade principal é o futebol. Não é um clube de bridge. E o futebol é um desporto de massas, cujos adeptos são pessoas na sua grande maioria humildes. Se não quisermos passar a ser um clube irrelevante, temos que deixar a snobeira, e ser acessíveis a toda a gente, para que não seja difícil gostar do Sporting. E isso passa por coisas simples, como não pôr bilhetes para sócio num "derby" a €40, por exemplo.

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  2. Inteiramente de acordo.
    Só falta fazer então a "contabilidade" dos noticiários para podermos falar em Metrologia do Apequenamento do Sporting.
    Esta é boa, hein...!?

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  3. O comentário de Lionheart chama a atenção para um aspecto que já tem sido focado aqui no KL, mas tem de voltar a sê-lo e mais estruturadamente: o regresso ao sportinguismo e à importância dos adeptos.
    É um aspecto a que esta direcção tem dado muito pouco relevo. E não digo nenhum porque, no início do mandato, FSF visitou algumas delegações do clube.
    Em todo o caso, está Lionheart coberto de razão quando escreve que é preciso fazer muito mais. Espero voltar a este assunto.

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  4. Sim, esse assunto tem sido abundantemente tratado aqui no KL. Convirá talvez consultar os Arquivos. E há um "Manifesto" que, não só abordou largamente essa matéria, como a elegeu como um dos seus eixos centrais.

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