Vale sempre a pena considerar o que Luís Freitas Lobo nos diz ou escreve.
No seu “planeta do futebol” diz-nos ele não conseguir “entender porque os clubes não têm um gabinete de prospecção estruturado como uma prioridade da sua organização. Tanto para um reforço normal como para uma grande estrela, o reconhecimento e contratação de um talento implica um trabalho estruturado no tempo”.
Ora o que se passa é que “em vez de serem os clubes a ir ter com os jogadores e, indirectamente, seus empresários, acontece o contrário: são os empresários a ir ter directamente com os clubes com os seus portfolios de craques para todos os gostos, posições e bolsas. São recebidos de braços abertos em opíparos almoços e jantares”.
“Não acho possível avaliar um jogador em treinos ou por mirabolantes montagens em DVD. Já vi alguns em que o nº9 mais torpe parece uma máquina goleadora”, refere LFL, e sabe muito bem do que fala.
Havendo o tal “gabinete de prospecção estruturado”, um jogador que tenha sido, primeiro, referenciado em vídeo, deverá ser, depois, obrigatoriamente observado ao vivo. “Pelo menos, três jogos em casa e três fora, com condições, adversários e graus de dificuldade diferentes”, traçando-se então “o perfil, táctico e técnico do jogador, respeitando uma trilogia base:
valor potencial (o que efectivamente demonstrou);
rendimento (o que, integrado noutro clube, ambiente, táctica, aspecto humano, etc, poderá render);
e especialização (posição de origem).”
Por este método “a contratação feita em Janeiro de 2007, deve ter sido começada a pensar em Janeiro de 2006”, “mas a verdade é que a maioria dos clubes chegam a estar altura sem ter qualquer jogador referenciado”.
Vistos os fracos resultados das contratações feitas para esta época, dá para duvidar de que exista um “gabinete de prospecção estruturado” no Sporting.
Mas, se existe, é tempo de mostrar resultados, pois é notória a falta de adequação dos “reforços” desta época às necessidades da equipa.
Como já aqui referi, precisamos pelo menos de um bom avançado, já, se quisermos aceder à Liga dos Campeões da próxima época.
O que ele escreve sobre o J. Moutinho também merece leitura. Como já comentei aqui, é a melhor opção que temos para trinco neste momento. Só discordo quando ele diz que o resto do meio campo não tem quem apoe o Moutinho para ele poder subir: Custódio ou Paredes podem fechar a direita (se o J. Alves sair mesmo) e Tello ou Ronny (qualquer um deles à frente de Caneira) podem fechar a esquerda.
ResponderEliminarSem prejuízo de contratar um avançado (o Nilmar já o Sporting o quis há uns anos, agora tinha ainda mais interesse...) e outros reforços, como um central, organizar a casa também faz muita falta.
Bom Ano
CL
J. Moutinho é a melhor opção que temos para qualquer das quatro posições do meio-campo. Ele já o provou, até no mesmo jogo! Mas, na minha opinião, a posição em que mais rende é a médio-centro, ali no vértice do losango. A recuperação de forma de Liedson e o seu regresso aos golos, deve-se muito ao facto de ele ter ocupado essa posição ultimamente.
ResponderEliminarQuanto às outras posições no meio-campo tenho algumas discordâncias em relação a Cleone, que procurarei desenvolver em futuros escritos.
Já quanto às necessidades do plantel as nossas opiniões coincidem.