Aproximam-se eleições para a presidência da UEFA. São dois conceitos que se confrontam. De um lado o magestático e enigmático Johansson, que dirige a UEFA desde 1990 com os resultados que todos conhecemos. Do outro, como o Público de hoje refere, está um Platini que pretende "fortalecer a legitimidade dos eleitos para a UEFA", "aumentar a solidariedade e o intercâmbio entre federações" e reforçar o estatuto do futebol como "modalidade de referência" no mundo do desporto e a "universalidade das competições organizadas pela UEFA." Platini manifesta também, como refere ainda o Público, a "sua vontade de elaborar uma carta europeia do futebol," e sustenta igualmente estar disposto a bater-se "contra todos os flagelos que ameaçam o futebol: o racismo e a xenofobia, as transacções financeiras de cariz duvidoso, os negócios clandestinos, os desvios às obrigações profissionais dos empresários de jogadores de futebol, a dopagem..."
O antigo internacional francês defende ainda um alargamento do número de clubes presentes na Liga dos Campeões, feito à custa da redução do número de clubes dos campeonatos europeus mais importantes e o fortalecimento do diálogo entre os clubes e as federações em torno da questão da dispensa de jogadores para as selecções.
Nesta eleição, que será dirimida pelo voto das 52 federações que integram a UEFA, o que parece estar em confronto é, por um lado, a manutenção e mesmo o aprofundamento do status quo que reina no futebol, com os resultados que todos conhecemos --que ameaçam fazer desaparecer simplesmente a modalidade em países como Portugal, e de cujas sequelas nos podemos queixar, e muito!-- e, por outro, a transição para um outro modo de funcionamento da "modalidade de referência". É um assunto em relação ao qual não podemos, naturalmente, ser indiferentes.
Aguardamos, pois, com viva expectativa os resultados desta votação.
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