Rica vida têm certos "gestores" que "gerem" certos negócios. No Sporting a vida parece que corre bem e é, pois, natural que esteja tudo de parabéns...
Quando nós pensávamos que os objectivos da gestão actual do Sporting não tinham sido atingidos (e ainda só vamos em Novembro!), quando pensávamos que as contratações eram um flop, que as vendas de lugares tinham falhado, quando pensávmos que uma diferença de nove pontos (nove!!) para o líder do campeonato em Novembro era mau, quando pensávamos, enfim, que o papel do Sporting na LPFP era pouco mais do que de embrulho, eis que somos surpreendidos com as conclusões que daqui são tiradas pelos responsáveis: afinal está tudo bem e não há necessidade de mudanças!
Então se não há crise porque é que houve necessidade de vir afirmar que não há crise?! Se não há efectivamente crise a obrigação (sim dr. Telles, é de facto uma obrigação esclarecer os sócios...) da direcção é dizer-nos porque é que não há crise. Porque pela análise dos factos a gente suspeita que há.
Por uma vez, a imprensa não serve claramente aqui de bode expiatório. Não é a imprensa que se está a afundar no campeonato e que falha sistemática e claramente os seus objectivos...
Os maus resultados da equipa não evidenciam uma situação conjuntural facilmente debelável. Não estamos a atravessar um "momento menos bom" como declarou o presidente numa passagem por Lisboa. O Sporting está há muito a funcionar de forma coxa e isso vem frequentemente com ao de cima.
O Sporting é um clube que não está bem, é um clube sem recuo que padece de um mal antigo e profundo. Se os resultados fossem bons ainda disfarçava, mas quando nem os resultados convencem temos de questionar o que andam a fazer as mentes brilhantes que governam o Sporting e temos de pedir responsabilidades a quem lhes deu e dá aval.
A verdade, meus senhores, é que com estes critérios de gestão o Sporting não pode ir mais além. E não é um cargo em particular que está em causa! São todos os orgãos de direcção do Sporting que são responsáveis! Unidos na defesa também temos de os considerar de forma unida no ataque.
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