segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A equipa está a melhorar

Na última edição do Expresso, Luís Freitas Lobo escreve sobre aparição de Grimi na equipa do Sporting. Diz ele que com o argentino a equipa “consegue manter sempre a linha defensiva completa quando o ‘onze’ perde a bola, algo que não sucedia com Abel e Ronny ao mesmo tempo em campo”. Entusiasmado, diz mesmo que tal “é a prova de como um jogador dito normal pode, em circunstâncias específicas, tornar-se indispensável para uma equipa”.
Lendo-o, dá a ideia que ele já esqueceu a afirmação de que o Sporting estaria a chegar ao fim de um ciclo.
Partilho, de algum modo, esta opinião de LFL: a entrada de Grimi parece apresentar-se como um factor muito importante de coesão defensiva. E isso notou-se bastante no jogo contra o Estrela da Amadora: a ausência de Grimi retirou alguma da consistência que a equipa manifestou nas vezes em que ele jogou. Paulo Bento lá sabe da condição física do jogador (esta época poucos jogos fez e o terreno estava pesado) e resolveu poupá-lo contra o Estrela. Outra ausência que a equipa sentiu foi a dum companheiro em condições para Liedson, o que explica a escassez de golos a jogar contra 9 durante muito tempo.
Mas houve várias outras “boas notícias”:
- A confirmação das capacidades de Rui Patrício: à medida que ganha experiência, o guarda-redes transmite cada vez mais confiança à equipa. Está, com ele, a passar-se um caso semelhante ao que Casillas viveu no Real Madrid, onde entrou aos 19 anos como titular, em detrimento de… Cañizares.
- A entrada na equipa, com apontamentos excelentes de entrega ao jogo e vontade de jogar para a equipa, de Pedro Silva.
- A subida de forma, e consequente ganho de influência na primeira transição do jogo ofensivo da equipa, de Miguel Veloso. Tal já tinha acontecido no jogo europeu, mas sabe-se como nesses jogos os atletas por vezes se entregam dum modo diferente do que fazem na Liga, sobretudo num jogo de pouca visibilidade como foi este.
Estes factores são de molde a deixar os adeptos mais optimistas, esperando-se que Vucjevic recupere depressa e que Derlei possa em breve dar o seu contributo à equipa.
Também houve coisas más; destas só mencionarei o inacreditável que é a equipa continuar a não ser capaz de converter os penalties de que dispõe em golos. E lanço uma pergunta a Paulo Bento: então isto não se melhora com treino?

2 comentários:

  1. "E lanço uma pergunta a Paulo Bento: então isto não se melhora com treino?"

    Melhora-se com bom treino, orientado por gente competente. Não é só na execução das grandes penalidades que a equipa não evolui, mas também na marcação dos pontapés de canto, livres, cruzamentos para a área, ou no aproveitamente das jogadas de bola parada. Até os toscos dos lampiões são mais competentes nestas vertentes que o Sporting.

    O que é que os jogadores do Sporting fazem nos treinos? Com a malta fechada em "Alcatraz", nós não vemos, o que é muito conveniente para quem quer esconder a incompetência que grassa no futebol do Sporting. É o preço a pagar pelo desinvestimento no futebol, a começar pelo treinador.

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  2. Eu também senti o mesmo desencanto, de tal forma que mudei para o “meeting” de atletismo de Birmingham para ver como correra o Rui Silva.
    Ao contrário de muitos, eu nunca notei, nesta equipa, menos empenho por parte dos jogadores. O que sempre notei foi a falta de um sistema de jogo em que se encaixassem, eficazmente, as trocas de bolas entre os jogadores. Note-se, a quantidade de passes laterais ou para trás, sem qualquer justificação, a falta de “mecanização” nas jogadas de ataque, a deficiência de marcação aos extremos adversários por causa do tal malfadado losango…
    Vi o jogo do MU com o Arsenal. Sem fazerem um jogo excepcional marcaram 4 golos (podiam ter sido mais) porque jogaram com dois extremos e um avançado-centro !!! Viva o 3-2-2-3 !

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