Vejam como se faz uma "notícia". Diz então o Record (não resisto a transcrevê-la aqui na totalidade para comodidade dos leitores do KL...):
"O Estádio José Alvalade e a Academia vão passar em breve para a SAD. A vontade dos responsáveis não é nova – Rogério Alves falou do assunto no final do último Conselho Leonino – mas, segundo Record apurou, já foram dados mais passos importantes, sobretudo a avaliação de ambos os activos.
No entanto, a decisão está sempre dependente da aprovação em assembleia geral, altura em que o presidente dos lisboetas explicará a importância desta operação e o que implicará em termos futuros. Mediante o sim da reunião magna, o clube irá também saldar as dívidas que tem com a Sociedade."
Lê-se e não se acredita. Para além de dar um doce a quem consiga indicar aqui uma única concordância entre um sujeito e um predicado, pergunto: então em que ficamos? O Estádio e a Academia "vão passar em breve para a SAD" ou "está sempre dependente da aprovação em AG?" E o "sim" já terá sido dado e nós não demos por isso...? E se a malta dissesse "não" aquilo não passava, ou como o Record já deu a "notícia", a tal intençãozinha já é um facto?
O autor desta bela prosa, senhor Bernardo Ribeiro e o seu jornal, que lançam este tipo de achas para a fogueira e se prestam a participar neste tipo de manobras, não se deverão admirar se um dia a gente se chatear... É este tipo de alarvidades, que volta não volta surgem em folhecas como o Record, que nos vem lembrar porque é que estamos decididamente contra os actuais dirigentes do Sporting.
Claro que o senhor Ribeiro tresanda a barriga de aluguer --para além de demonstrar ter um conflito insanável com a Língua Portuguesa (o que para um jornalista, convenhamos, é mau...)-- e percebe-se claramente a intenção deste texto repugnante.
Será então isto um exemplo do que chamam jornalismo de esgoto?
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