Ao ler alguns comentários e uma ou outra posta que surge por aí pela blogoesfera leonina, lá encontramos a ideia recorrente e o reparo mais ou menos velado relativo ao modo como são tratados os dirigentes actuais do Sporting.
Confesso que tenho um sentimento misto em relação a esta matéria. Por um lado, compreendo a generosidade e a pureza de intenções destes críticos. Por outro lado, fico triste pelo facto deles ainda não terem percebido o que está em jogo.
Vários blogs (não apenas o KL) têm usado o termo "guerra" quando se fala na situação em que o Sporting se encontra. O caso não é para menos. Assistimos hoje a um ataque sem precedentes à soberania Sportinguista. Não tenham dúvidas: é mesmo de guerra que estamos hoje a falar quando nos preocupamos com o futuro do Sporting.
Ataques à soberania são actos de guerra e portanto as respostas devem ser calibradas de acordo com os actos que as originaram. É bonito exigir respeito pelos dirigentes, mas eu gostaria que esse respeito tivesse sido a palavra de ordem quando outros dirigentes foram insultados, esses sim, verdadeiramente insultados, em pleno estádio e a plenos pulmões até se verem na contingência de terem de abandonar o cargo. Não vi na altura nenhuma destas vozes pias manifestar-se com a veemência que vejo nas manifestações actuais. Nem vi os actuais dirigentes, nem os figurões a quem a imprensa recorre sistematicamente sempre que toca a sirene do Sporting, demarcarem-se na altura do modo como Dias da Cunha, por exemplo, foi tratado por certos sectores das bancadas do Sporting.
Estranha dualidade de critérios...
Por outro lado, aqueles que vêm criticando os críticos não terão ainda percebido que há uma ruptura assumida. Eu, pessoalmente, não acredito no "sportinguismo" da actual direcção e não acredito no "sportinguismo" de algumas vozes que se reclamam desse estatudo e apoiam a direcção. Admito que haja alguma ingenuidade em alguns dos representantes desta última categoria. Mas, na maior parte deles descortino egoísmo, feira de vaidades e uma irreprimível febre de protagonismo pessoal, neste caso feito à custa do SCP.
Já aqui escrevi que não basta mudar de direcção. É preciso que algumas figuras que obtêm uma imensa publicidade pessoal à custa do Sporting desamparem a loja também. São um cancro! Sempre que há qualquer matéria em discussão relativamente ao Sporting lá vêm essas figurinhas tentar catequizar os Sportinguistas com as suas doutas opiniões, falando como se só eles tivessem a faculdade de "pensar Sporting", como se só eles tivessem mesmo capacidade de pensar...
São uma espécie de dirigentes de bancada que peroram sobre tudo e sobre nada. Sobretudo se daí tirarem dividendos pessoais.
Não tenham dúvidas os "politicamente correctos"! Há mesmo um clima de "guerra civil", como alguém já por aí apelidou, dentro do Sporting, assumido, para levar aonde for necessário!
Mais cedo ou mais tarde, a recusa a andar a "toque de caixa", a "neutralidade" e os "punhos de renda" vão ter que ser substituídos por acções e opções claras... Ser do Sporting é ser civilizado, claro! Mas ser do Sporting não é ser nhó-nhó!
Master Lizard, mais uma vez, subscrevo em absoluto.
ResponderEliminarMaster: subscrevo igualmente e desafio todos a participarem na AG para exprimirem as suas concordâncias e discordâncias relativamente à proposta de Soares Franco. Vão, participem, avaliem bem o que está em jogo!!!
ResponderEliminarEste projecto de restruturação financeira mais não é do que um verdadeiro e vergonhoso processo de desmantelamento em curso, estando o Clube a ser desmontado e desmanchado aos bocadinhos, numa prepotente e avassaladora fuga para a frente com uma chantagem e uma vitimização/resignação inadmissivel por parte do actual Conselho Directivo.
ResponderEliminarNão podemos deixar que acabem com o Sporting Clube de Portugal, herdado dos nossos Pais e Avós!
Caro Master
ResponderEliminarSó um pequeno comentário ao seu comentário.
Na verdade, lembro-lhe que foi já este ano que conheci o blog, e nunca participei em blogs anteriores, pelo que chamar à colação atitudes para com dirigentes no passado é intelectualmente desonesto, se de facto eu era um dos visados como ter silenciado o facto.
Na verdade, desde sempre disse e reafirmo que sou contra toda a crítica pública a qualquer dirigente em funções. É hoje assim, como será amanhã quando outros ocuparem a nobre função de dirigir os destinos do Sporting Clube de Portugal. Cá estaremos para o confirmar.
Quanto ao resto, passa-me completamente ao lado.
Não vou à AG pelas razões que já foram referidas em tempo, pelo que deixo nas mãos dos restantes consócios a solução, sendo certo que a apoiarei, independentemente daquela que vier a ser aprovada. Gostava era de ver os guerrilheiros terem a mesma nobre atitude de dizerem que apoiam a decisão que vier a ser aprovada, qualquer que ela seja, porque é a decisão dos sócios, e deve ser respeitada.
Terão coragem para o dizer agora, antes da votação?
Cá estaremos para ver.
Só um esclarecimento adicional. Como disse desde o princípio, não sou adepto do anonimato, razão porque aqui e em todo o lado não me escondo das posições que tomo, sob o manto diáfano de um qualquer pseudónimo, assumindo-as de facto e de cara levantada.
Isto e só isto. (não sendo apreciador absoluto da pessoa, estou a 100% com o artigo sobre os blogs, escrito por Miguel Sousa Tavares)