sexta-feira, 16 de maio de 2008

Vergonha!!

Espero que o jantar que alguns deputados ofereceram ao presidente do Porto na Assembleia da República não lhes tenha caído mal. A mim caíu. Apesar dos políticos teimarem em fazer do pessoal parvo, este jantar em particular, nesta altura, faz passar uma imagem inequívoca, que não deixa dúvidas a qualquer pessoa medianamente inteligente: é uma manifesta forma de pressão e uma tentativa de branqueamento de uma situação que é provadamente (já o sabemos) escura, feita sobre a opinião pública, os magistrados, etc.
O que fica de tudo isto, com mais ou menos retórica e com justificações de ocasião, mais ou menos risíveis, é esta mensagem: nós, os deputados da Nação, estamo-nos a cagar para vocês todos.
É no que dão estes namoros furtivos entre a política e o futebol. Não o penso agora apenas porque decorrem os processos que conhecemos. De há muito que o aproveitamento que os políticos fazem do futebol (e do desporto em geral) e aquele que os agentes do futebol fazem da política me mete nojo! Deixa-me à beira do vómito ver um políticozeco raquítico, em bicos de pés numa tribuna de um qualquer estádio de futebol, como me deixa, aliás, enojado e triste ver um futebolista a fazer campanha por um qualquer partido ou figura política. Exploram ambos a nossa candura. É falta de fair-play!
O futebol devia reagir e resisitir à tentação de se meter com a política e os políticos (neste caso concreto, os deputados da Nação a quem a gente paga para cumprirem outras funções que não estas de detergente reles) deviam passar ao lado do futebol, porque a malta do futebol está-se completamente a cagar para eles, embora eles nunca tenham reparado nisso.
Que dizer, afinal, da classe política que deixou meter um deputado à frente da LPFP? Que dizer dos responsáveis dos clubes que deixaram, sem refilar, que isto acontecesse? E que dizer dos políticos, quando se lhes pede que intervenham na sua esfera própria de competência a fugirem com o rabo à seringa à força toda?!

PS- Para o caso de estarem com dúvidas, se isto se tivesse passado com o presidente do Sporting, eu reagiria exactamente da mesma maneira. Espero que os deputados Sportinguistas nunca caiam na tentação de fazer a mesma gracinha...

1 comentário:

  1. A restruturação financeira que o Conselho Directivo quer levar a cabo, mais não é do que o processo de desmantelamento faseado do Sporting; Está a ser desmanchado aos bocadinhos!
    Primeiro foram os terrenos do antigo Estádio, numa segunda fase a venda do património não desportivo, agora a passagem da Academia para a SAD, mais tarde será o Estádio e, para finalizar, a perda da maioría do capital da SAD, deixando assim os Sócios de ter voto na matéria e passando, apenas, à condição de consumidores.

    As desculpas são sempre as mesmas, não há dinheiro, são os novos tempos, é a única forma de ter uma equipa competitiva, etc. etc. etc., esquecendo-se, que estes Senhores são responsáveis pela situação criada, pelo avolumar do passivo e pela desagregação do Clube.

    No meu ponto de vista, o património desportivo de um Clube é, em qualquer circunstância, inalienável. Logo, deve ser uma medida que nem devería ser equacionada.
    Julgo que uma boa gestão desportiva, uma SAD ao serviço do Clube (e não o contrário) e um trabalho competente e sério nas áreas comerciais e do marketing seríam um meio caminho andado para o exito e o sucesso do Sporting Clube de Portugal.

    Se os Sócios se deixarem dormir, mais tarde vão chorar...

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