Todos os clubes profissionais portugueses, por maioria de razão os três grandes, têm graves problemas financeiros para resolver. O advento das SAD foi o anunciar do fim de um ciclo em que os clubes viviam à sombra das benesses, nem sempre equitativas, que os poderes públicos lhes distribuíam, com o dinheiro dos nossos impostos.
Mas as SAD também trouxeram consigo a possibilidade de os clubes fugirem ao controlo dos seus sócios, para passarem a ser propriedade de magnatas que neles queiram investir. Com o que isso pode acarretar de alteração do sentido de pertença a uma agremiação deste tipo. É que, por enquanto, a principal motivação dos associados é a paixão; se um dia o clube se transformar num simples negócio, a consequência pode ser a perda desse sal que dá vida ao clube e sentido à nossa pertença a ele. Da emoção passar-se-á para a crua e fria razão e tudo perderá piada.
Vem isto a propósito da OPA, segundo os dirigentes do Benfica citados pelo Jornal de Negócios "não hostil", lançada por Joe Berardo sobre o Benfica. Por agora o clube parece que irá defender-se, pois detém, em conjunto com a sua SGPS, mais de 50% do capital da SAD. Até quando? Se calhar até ao momento em que queira finalmente bater o FCP numa contratação e precise de dinheiro para isso...
Esta é uma lição que nós, sportinguistas devemos aprender e da qual não nos devemos esquecer, sobretudo quando o presidente do Sporting anda a propalar a necessidade de venda do capital da SAD para fazer face às dificuldades financeiras herdadas (umas por razões boas – aquisição de património: estádio e Academia – outras por razões más – as más gestões e as dívidas acumuladas).
Esta estratégia pode ser defensável até aos 50,1%, que daí não advirá mal ao mundo sportinguista. Temos de nos opor firmemente a que se ultrapasse essa fasquia.
Mas as SAD também trouxeram consigo a possibilidade de os clubes fugirem ao controlo dos seus sócios, para passarem a ser propriedade de magnatas que neles queiram investir. Com o que isso pode acarretar de alteração do sentido de pertença a uma agremiação deste tipo. É que, por enquanto, a principal motivação dos associados é a paixão; se um dia o clube se transformar num simples negócio, a consequência pode ser a perda desse sal que dá vida ao clube e sentido à nossa pertença a ele. Da emoção passar-se-á para a crua e fria razão e tudo perderá piada.
Vem isto a propósito da OPA, segundo os dirigentes do Benfica citados pelo Jornal de Negócios "não hostil", lançada por Joe Berardo sobre o Benfica. Por agora o clube parece que irá defender-se, pois detém, em conjunto com a sua SGPS, mais de 50% do capital da SAD. Até quando? Se calhar até ao momento em que queira finalmente bater o FCP numa contratação e precise de dinheiro para isso...
Esta é uma lição que nós, sportinguistas devemos aprender e da qual não nos devemos esquecer, sobretudo quando o presidente do Sporting anda a propalar a necessidade de venda do capital da SAD para fazer face às dificuldades financeiras herdadas (umas por razões boas – aquisição de património: estádio e Academia – outras por razões más – as más gestões e as dívidas acumuladas).
Esta estratégia pode ser defensável até aos 50,1%, que daí não advirá mal ao mundo sportinguista. Temos de nos opor firmemente a que se ultrapasse essa fasquia.
'A distancia e'-me dificil seguir o que JB tem feito (ele tem a maioria?), mas tudo parece tao atabalhoado...Este caso com o Rui Costa, por exemplo.
ResponderEliminarJa' no caso do SCP o problema e' complicado: o clube detem a maioria, mas quem detem o clube? Os socios elegeram direccoes apenas na aparencia diferentes (e sem sequer concorrencia seria, bem feita), anda-se ha' 15 anos com os mesmos. E as recentes palavras de Dias da CUnha sobre a CML e o SCP mostram bem como as guerras internas se somam a opcoes incompreensiveis e inexplicadas - mas sobre contratacoes teremos tempo...