É muito claro o que é proposto por Leão de Verdade ao encetar o processo de realização de uma Assembleia-Geral extraordinária, pois tal vem expresso na OT proposta:
1) Deliberação sobre a realização de auditoria externa e independente ao Sporting Clube de Portugal e a todas as sociedades do Grupo Sporting com apresentação de contas consolidadas;
2) Discussão dos termos de pagamento do passivo bancário do Sporting Clube de Portugal e das sociedades do Grupo Sporting e de medidas tendentes à sua renegociação;
3) Discussão dos termos do negócio de venda dos terrenos do antigo Estádio José Alvalade (UOP 30) e dos direitos de superfície do Interface do Campo Grande e de medidas tendentes à sua renegociação;
4) Discussão dos termos do negócio imobiliário da venda do património não desportivo e avaliação dos respectivos resultados.
Mais afirmam os promotores que não querem “destituir esta direcção”, a qual “deverá manter-se em funções até ao final do seu mandato”; o que aliás seria impossível dado que “a destituição de direcções do SCP não é possível numa AG que não tenha esse ponto na ordem de trabalhos”, como é o caso.
Postas as coisas assim, não hesito em aderir, pois acho o processo correctíssimo. Também eu não estou nada interessado em que o objectivo imediato seja a demissão desta direcção. Neste aspecto táctico estou em desacordo com Master Lizard; eu quero, sim, que esta direcção seja corrida, mas em eleições e havendo uma alternativa, de programa e de lista, a ela.
O cenário contrário levaria a um período de direcção em gestão corrente, sem garantias de que surgisse uma alternativa melhor (e todos sabemos, porque o sofremos na carne durante anos e vimos outros sofrer ainda pior, o que é o arrivismo e o oportunismo na sociedade portuguesa em geral e no futebol em particular). Corríamos o risco de saltar da frigideira para o lume. Nisso não estou interessado; a haver mudança, que à partida fiquemos convencidos de que vamos para melhor.
Mas também se prenuncia um Congresso do Sporting e muitos sportinguistas hesitam sobre se devem ou não participar, se devem ou não opor-se à sua realização. Isto porque a ideia do Congresso veio dos corpos dirigentes do Sporting.
Dada a prática anterior desta direcção, dá para desconfiar de que se tenham de repente convertido à democracia e queiram saber as opiniões dos associados. E acredito que, face à contestação que sabem existir, expressa por todo o lado, nomeadamente nos blogues, eles queiram obter uma legitimação adicional e procurem controlar o processo de molde a que as vozes discordantes sejam abafadas.
Cabe-nos a nós, que temos vindo a fazer oposição e a procurar formas de organização que nos permitam intervir, fazer com que não seja assim. Porque, não tenhamos dúvidas: se nos demitirmos e não participarmos, então é que eles se apresentarão como ganhadores, pois não terão uma oposição a sério.
A AG extraordinária pode, e deve, servir como um abanão na prosápia dos dirigentes, e um sinal de que precisam de contar connosco; além de que nela poderemos obter informação preciosa para a preparação do Congresso.
Mas é fundamental participarmos em força e o mais possível organizados no Congresso.
Assembleia-Geral? Sim!
Congresso? Sim!
Não permitamos que o Congresso se transforme num reforço da situação!
Mobilizemo-nos!
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