Ultimamente temos vindo a assistir a um conjunto de "aquisições" para os quadros do SCP que me (nos) deviam deixar satisfeito(s), mas que, ao contrário, me suscitam algumas interrogações e me deixam inexplicavelmente inquieto...
Aqui há algum tempo foi anunciada a colaboração de Tomás Morais, o seleccionador nacional de râguebi. Ontem surgiu o nome de Sá Pinto. Significativamente, a vinda destes nomes para o universo Sportinguista faz logo, com toda a facilidade, capa dos jornais.
Não estando em causa o estatuto destas figuras, nem o seu valor técnico e desportivo, quer-me parecer que a política de contratações e a estratégia de "profissionalização" do Sporting (ainda ontem referida pelo presidente do Sporting numa notavelmente esclarecedora entrevista à RTP 2) visa mais fingir que se está a atacar os problemas do que resolvê-los de facto. O que podem fazer, por si sós, Tomás Morais ou Sá Pinto se quem manda, quem assina os cheques ao fim do mês, não tem rumo?
Fosse eu mauzinho e diria que estas, como outras figuras que venham porventura a surgir, parecem mais instrumentos de uma manobra de lançamento de poeira nos olhos dos Sportinguistas, do que de um plano coerente de "profissionalização" das estruturas de trabalho...
A sua notoriedade não substituirá nunca uma visão estratégica que, no caso do Sporting, é (sublinhado!) totalmente inexistente. Não se pode fazer omoletes sem ovos e não são estes nomes que vão trazer os ovos que o Sporting necessita. Quer-me, pois, parecer que à falta de uma política coerente para o Clube, os dirigentes actuais enveredaram por uma estratégia tipo "caras-notícias", na esperança de que uns quantos nomes mais notórios (nalguns casos com ressonância fácil nos corações Sportinguistas) mascarem as suas próprias limitações e uma administração à bolina.
Quem virá a seguir? A Madonna...?
Além disso há uma discussão possível sobre as próprias capacidades dos escolhidos. O Sá Pinto como public relations? Dizem que o rapaz terá entretanto tirado um curso. Mas será que tem "estabilidade emocional" para um cargo desses? Não nos arriscaremos a que ele se chateie com alguém que o contrarie e lhe enfie uns murros nos cornos? É que já não era a primeira vez...
ResponderEliminarTens inteira razão. Mas, com uma "pós-graduação" em marquetingue desportivo pode ser que a coisa melhore...
ResponderEliminarEstá na cara que o Sá Pinto foi chamado para "vender" o novo cartão de sócio do Sporting. Uma vez que a direcção do clube está completamente desacreditada, esperam que o Sá Pinto consiga mobilizar os sportinguistas. É mais uma ironia do destino. O mesmo "presidente" que dizia não querer saber das modalidades, quando estava demissionário de vice-presidente, teve que socorrer-se das mesmas agora para desviar as atenções dos maus resultados no futebol. O mesmo "presidente" que desprezou antigos jogadores, por serem meros empregados do clube, agora precisa de um deles para promover a campanha de angariação de sócios. Life's a bitch. Quando o presidente de um clube é o que dele dá pior imagem, NÃO SERVE.
ResponderEliminarÉ verdade, em matéria de antigos jogadores, uns são filhos, outros são enteados...
ResponderEliminarBoa, Lionheart!
ResponderEliminarFico sem perceber se estão a favor ou contra a entrada do Sá Pinto. É que independentemente dos pelouros que lhe serão distribuídos, e das valências que possuí, uma coisa ele tem para dar e vender. Sportinguismo! Ao contrário da maioria dos que por ali andam.
ResponderEliminarSL
Vamos ver para que vai de facto servir esta entrada. E vamos ver se toda a gente fica satisfeita... incluindo o Sá Pinto!
ResponderEliminarDirei, à priori, que é uma atitude de conveniência, para ambas as partes. Para fsf, que vê um dos grandes símbolos da nossa história recente assumir a campanha de angariação. Para Sá Pinto é a porta de entrada, possível, no clube. A área a que estará afecto jamais lhe chamuscará a aura, em caso de insucesso, e fará sombra a muita gente.
ResponderEliminarEle lá terá as suas razões para ter aceite uma subalternização relativamente ao ex-rapaz do marquetingue dos ctt.
Independentemente das conveniências (ou inconveniências), dos talentos e preparação (ou da falta deles) de cada um, esta parada de estrelas (que eu aposto que não fica por aqui!) traz água no bico...!
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