sexta-feira, 26 de agosto de 2005

Triste...

Três factos, aparentemente sem ligação, deixaram-me hoje a pensar. Primeiro, joga-se mais logo a Supertaça europeia. Estara lá o CSKA que nos derrotou, em casa, em Maio passado. Por outro lado, foram ontem conhecidos os adversarios do Porto e dos coisos na Liga dos Campeões. O excitamento e a expectativa são naturalmente grandes na alta roda do futebol europeu. Legitima ou ilegitimamente, sucedem-se os comentarios, os regozijos o frenesim das grandes ocasiões. Finalmente, o Menezes Rodrigues vem hoje referido no Publico a defender o Ricardo. Aparentemente, nada liga tudo isto...
Ora, de todos estes factos, depois de espremidos, pode-se concluir que o Sporting falhou mais uma vez passar para aquele patamar em que deveria estar, em que todos gostariamos que estivesse e em que o clube mereceria estar, pela dimensão que inequivocamente tem e pelo muito que já fez.
E mais: conclui-se também que o problema não são os "perús" do Ricardo (que me deixam, em qualquer caso, a mim como a qualquer mortal à beira de um ataque de nervos...), nem a desinspiração do Loureiro, nem as birras do Polga, nem as escolhas do Peseiro, mas a _politica global_ do SCP!
Que depois se reflete nos perús e noutras coisas igualmente menos agradaveis, claro.
Há coisas positivas no Sporting? Claro que há! Há dimensão no Sporting? Claro que há e por vezes, se calhar, até demais! O Sporting é o melhor clube do mundo?!!! Claro que é!
Mas, quando chega o momento de mostrar que somos capazes de passar a fasquia, de encontrar a reserva de energia que parecia estar a faltar, de revelar de que estofo somos verdadeiramente feitos, se estamos fadados para sermos campeões (estatuto que é o nosso mas que está lá no fundo, sempre em forma latente e não patente) ou eternas "lebres" ou amanuenses do desporro, la vem a tremedeira, lá assumem uma dimensão trágica e decisiva os erros conjunturais, lá se revela a falta gritante desse qualquer coisa extra que os de topo sempre parecem encontrar nos momentos decisivos. Aquilo a que chamamos "fazer das tripas coração"! Uma expressão portuguesa (não a conheço em nenhuma outra língua), uma pratica diária de muitos milhões de portugueses que não parece conseguir encontrar, apesar de tudo, eco no nosso clube.
A verdade é que o desígnio do Roquette está longe de ter sido atingido. E nenhum outro dirigente que esteve entretanto ou está ao serviço do SCP se aproxima sequer da sua estatura.
Lá vamos portanto à UEFA...
C.

(PS- A alternativa também não é o populismo e o voluntarismo!!)

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