terça-feira, 10 de julho de 2007

Os clubes hoje

Apanho por acaso um programa que faz um retrato do que foi o Cannes Lions 2007. Entre as conferências incluídas nesta edição do festival, destaca-se uma de Bobby Charlton sobre o Man. United. Ouço-o dizer perante uma plateia de gente da publicidade que os clubes têm de ser geridos numa perspectiva empresarial. Ouço-o dizer também que a bitola para esta gestão são os adeptos. Ouço-o dizer ainda que no Manchester se trabalha duramente para fazer os adeptos felizes. É por isso, certamente, e não por qualquer outra razão mais ou menos fantasista, que o Manchester é, como se sabe, um dos maiores clubes do mundo. O Manchester United é uma máquina de produção de felicidade.
Os clubes são hoje o que sempre foram: associações de pessoas unidas por um ideal desportivo. Geridas numa perspectiva empresarial ou geridas com os pés os clubes são associações de pessoas...
Tenho muitas vezes a sensação que no Sporting não se trabalha duramente para tornar os Sportinguistas felizes e que estes não são a bitola pela qual se orienta a gestão do Clube. Tenho mesmo a nítida sensação que se os adeptos não desatassem, volta não volta, aos gritos e aos assobios (uns gritos e assobios que significam "olhem que a gente está aqui, para o caso de ainda não terem reparado em nós...") eram totalmente negligenciados.
Como no Manchester United é assim e como se sentiu sempre uma enorme pressa em copiar o Manchester, pode ser que a moda um dia pegue...

2 comentários:

  1. Exactamente!
    Mas o Manchester é um clube cotado em bolsa. Mais: o principal accionista (o dono do MU) é quem manda no clube e traça as estratégias. E os adeptos não deixaram de ter amor ao clube.
    O que prova que o principal é, como diz Master (e todos nós aqui no KL, vidé o nosso manifesto) o corpo de adeptos, verdadeiro "sal da terra".

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