terça-feira, 21 de março de 2006

Vagas de fundo

De facto, parece certo que há inúmeras pressões para que FSF se recandidate.
Já se fazem contas mirabolantes para justificar uma eventual candidatura da criatura referida.
Há que transformar, coerentemente, esta vaga de fundo num... afundamento!
Sendo certo que não será este o momento de levantar questões como as que tenho aflorado (mais cedo ou mais tarde iremos ter de enfrentar o dilema: reforma ou extinção... As dificuldades do Sporting resultam do "sistema" interno e nunca terão solução sem reformas profundas!!) a tarefa que se afigura absolutamente vital levar a cabo neste momento é a da mobilização de TODOS os Sportinguistas em torno da discussão das eleições. Todas as formas de mobilização dos Sportinguistas são válidas.
O Sporting e os Sportinguistas têm uma oportunidade de ouro, em ano de centenário, para mostrar porque são de facto diferentes!!
A tarefa começa... JÁ!

De acordo com FSF!

Também eu não estou "descansado" com nenhum dos candidatos que se perfilam!

O eleitorado

A última AG provou que o eleitorado do Sporting está presentemente dividido do seguinte modo: 64,5% a favor da actual Direcção (quase dois terços) e 35,5% contra. Na prática é pouco importante saber qual é a correspondência disto com o número de cabeças, porque as regras do jogo estão assim estabelecidas e não vão ser modificadas até à próxima AG eleitoral.
Eu estou preocupado com ambos os grupos de eleitores.
Preocupam-me aqueles com quem mais me identifico, os do contra, minoria para efeitos eleitorais, mas apenas por um aspecto: o comportamento na Assembleia eleitoral. Porque o voto destes está no papo. Mas o seu comportamento pode tirar-nos votos dos do outro grupo. Como eu disse num escrito anterior, de cada vez que um conjunto de associados procura obstruir a fala a um orador, de cada vez que há insultos vindos da bancada, haverá dezenas de indecisos que se inclinam para a continuidade.
Mas preocupam-me, melhor dito, ocupam-me, muito mais aqueles que na última AG não votaram como eu. É no seio destes que teremos de recolher os votos necessários para obter maioria que eleja uma nova Direcção que, cortando com o passado recente, devolva o Sporting aos adeptos contando com eles para a tomada de decisões, que tire a gestão do vermelho em que tem estado, que ponha o clube na senda das vitórias.
Mas como, se eles estão a favor da continuidade?
Será que estão mesmo? Bem, uma parte está, com certeza e, quanto a esses, não há nada a fazer. Esses são os únicos que não me preocupam (ocupam)! Mas os outros? Aqueles que votaram com o CD porque, apesar de saberem que a gestão foi má, têm medo que a alternativa seja o populismo de tipo Sousacintrense ou o arrivismo popularucho de tipo Jorgegonçalvista. Depois de termos o Sporting numa plataforma "educada", com boa relação com a Banca, ninguém quer voltar à pré-história. Mesmo que isso custe prejuízos de mais de 2 milhões de contos/ano. Não ponham dúvida de que a grande maioria dos associados que votou com o CD está nesta posição.
São estes que temos de cativar.
Como?
Aceitam-se ideias. Mas depressa, pois o tempo urge!