sábado, 29 de setembro de 2007

Golos, precisa-se!

Começa a ser preocupante a falta de golos desta equipa do Sporting. Embora não falte talento, arreganho e confiança à equipa é preciso não perder a noção que os campeonatos se ganham ganhando jogos, mas os jogos ganham-se marcando. Ainda por cima, à falta de golos do Sporting há sempre aquela possibilidade --maçadora é certo...-- do adversário não sofrer do mesmo mal e não se fazer rogado.
Não me parece que seja por falta de atributos ou de oportunidades, nem por falta de organização. Portanto será fácil resolver este problema. Ou não será assim?
0-0 é, em todo o caso, um resultado completamente infeliz.
Uma palavra de destaque para Romagnoli. Só faltam mesmo (a ele também...) os golos. De resto, cinco estrelas.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

SE FOSSE SÓ A SIC...

A bofetada que PSL deu na SIC parece estar a acordar a malta, que é o que faz falta...

Eu na semana passada também fiquei cheio de brotoeja por causa da importância que a RTP1 deu ao Mourinho e ao Scolari, no seu noticiário da noite.

Há 60 anos, os treinadores de futebol tão depressa eram bestiais como bestas.
Agora, não.

Na passada Quinta-feira, a RTP abriu o noticiário das 20 horas com o drama do semi-despedimento do bestial treinador de futebol José Mourinho. Durou 15 minutos, com entrevistas e reportagens em directo de Inglaterra. Logo a seguir, a tragédia do semi-murro dado por outro bestial treinador e seleccionador de Portugal, Felipe Scolari.
No dia seguinte, a RTP continuou o seu inestimável serviço público com mais um quarto de hora da telenovela José Mourinho, em horário nobre, prometendo a continuação para depois do noticiário. Eis o estado da Nação.
Já ninguém estranha, já ninguém se indigna. O povo sereno, está cada vez mais domesticado pelo sistema.
O futebol vai cumprindo a sua missão como instrumento para estupidificar o povo, manejado pelos meios de comunicação social, alimentado pelos agentes-empresários, acarinhado pelos políticos e dirigentes desportivos.

Há 60 anos, quem ganhava jogos, campeonatos e taças eram os jogadores dos clubes. Hoje, são os treinadores bestiais… Mourinho dixit.
Tanto Mourinho como Scolari podem ser dos melhores treinadores de futebol do mundo. Não discuto. Só que ser treinador de futebol é uma profissão que poucos conhecimentos e faculdades exige. Uma profissão que todos nós pensamos poder exercer. Compare-se um treinador de futebol com, por exemplo, um maestro de uma orquestra sinfónica.
Porque ganham então os treinadores rios de dinheiro? Porque só assim, movimentando milhões, o futebol pode alimentar máfias, parasitas e vigaristas. Por isso, hoje, os treinadores são sempre bestiais, as bestas, mansas, somos nós.

domingo, 23 de setembro de 2007

À atenção da Exma. Direcção da Sporting SAD

Venho pela presente apresentar formalmente uma sugestão. Ocorreu-me que seria interessante que V. Exas. desenvolvessem esforços no sentido de reconverter o Estádio de Alvalade para a actividade agrícola. Sugiro a batata, o tomate, o feijão verde, talvez mesmo o arroz, o rabanete, sei lá...
Sugiro mesmo que V. Exas. participem na nova actividade procurando munir-se de enxadas, tractores e talvez mesmo ancinhos, porque como gestores da coisa futebolística V. Exas. se me afiguram um total fracasso. Os factos provam que V. Exas. não possuem as qualidades básicas requeridas para essa função.
Depois de uma análise sumária do que se vem passando desde que o Estádio foi inagurado somos em crer que a actividade que ora sugerimos terá, seguramente, um sucesso bem maior que a actual actividade que se desenrola regularmente no Estádio.
Com os melhores cumprimentos...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Q.E.D.


Perdemos. É verdade. Mas, eu estou contente. Uma análise fria do que se passou em campo revela que nos batemos perfeitamente de igual para igual com o Manchester United. Nada a assinalar sob o ponto de vista dos pressupostos que referi no post anterior. O Sporting foi forte, concentrado e frio. Esta é a única conclusão que se pode extrair da prestação da equipa no jogo de ontem. De resto a bola é redonda e há... Ronaldo!
A propósito dele, creio que no panorama do futebol internacional será difícil observar muitas situações como aquela que ocorreu ontem. A reacção de Ronaldo e a reacção dos espectadores diz bem o que é o Sporting. Aliás, são acontecimentos como este que dizem bem o que é afinal o Sporting. O resto é conversa.
O Sporting é uma escola de virtudes e a equipa está fortíssima. Q.E.D.!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Votos para amanhã

Para meu grande desgosto amanhã nem o relato do jogo posso ouvir. Em todo o caso, deixo aqui votos de grande sucesso e manifesto a minha enorme confiança nesta equipa. Claro que o Sporting não poderá nunca desconcentrar-se, nem facilitar. Mas, esta equipa já demonstrou que é capaz de jogar de forma eficaz para atingir os seus objectivos.
O pior que poderá acontecer a este Sporting da minha alma, será encarar este jogo e encarar-se a si próprio como "a surpresa da jornada", lutar apenas por fazer o brilharete ocasional ou contentar-se com a manchete efémera. O êxito é para continuar e o palco da Champions é para pisar como se de um acto rotineiro se tratasse. Para isso os jogadores do Sporting terão de pensar que estão nesse palco por direito próprio, que têm todas as condições para triunfar e que têm o dever de oferecer esse triunfo aos adeptos. Nestas coisas do futebol o melhor é não pedir meças a ninguém e agir com convicção, inteligência, frieza e "cinismo". É isto, pois, que se lhes pede.
O Sporting tem estado esta época a revelar, no meu entender, sinais crescentes de maturidade, qualidade que irá ser especialmente útil amanhã.
Curiosamente, eu que não vou como disse poder ver o jogo, também vou estar numa situação em tudo semelhante. Estaremos pois irmanados até nisto.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Portugal nasceu contra a vontade do Papa, quem é o International Board para se considerar o único que faz leis do futebol?

Eu com tanto que fazer… mas não consigo ficar calado perante tanta asneira do Sr. Vitor Pereira!

A última é confundir regras do jogo com tácticas de jogo. Não percebi se este senhor acha que a “sua equipa” deve ter tácticas escondidas dos clubes. Do modo que falou pareceu repreender o Sr. Paulo Pereira por ter mostrado um “documento interno”.

Os desnorte é grande e HL já o devia ter demitido, reparem:

1 Os clubes devem conhecer as leis: quererá o senhor Vitor Pereira dizer com esta observação que os árbitros não? É que não vejo outra explicação para uma nota a explicar secretamente o que os outros supostamente já sabem publicamente.
2 O documento é interno da equipa: os árbitros recebem instruções de interpretação das leis do jogo (único motivo para tal nota) mas os intérpretes do jogo devem ter conhecimento dessa interpretação quando sofrerem as faltas e os cartões (lindo!).
3 Os clubes não nos relevam as suas tácticas: MAS O QUE É QUE É ISTO? Então o senhor presidente da arbitragem confunde interpretação das leis de jogo com execução do jogo? E espera que fiquemos confiantes no futuro do campeonato?
4 A nota em si: por que razão é que a FIFA não demite o Sr. Vitor Pereira? É que ele está a inventar novas leis de jogo que não estão de acordo nem com o espírito nem com a letra da lei.

Por fim 2 desejos:

1 Que um dos nossos árbitros ao serviço da UEFA cumpra esta nota do Sr. Vitor Pereira. Pode ser que assim a UEFA se questione sobre o que se passa por aqui e perceba que os problemas disciplinares das nossas selecções se estendem a bizarrias dos árbitros
2 Que HL deixe o blogue e presida ao futebol profissional (ou se demita, caso a ambição política seja mais forte)

Duas perguntas à laia de P.S. (já que o futebol está entregue a deputados do PSD):

LFV não comenta porque esta é a comissão que vai instituir a sua nova ordem?
PC não reage porque, apesar de ser apetecível demonstrar que há apitos de outras cores, custa muito reconhecer que a liderança é imerecida?

domingo, 16 de setembro de 2007

Os meus comentários no Blog de HL

Para que tenham conhecimento enviei os seguintes comentários ao Sr. HL

1. Será que o Sr. Presidente não devia estar mais preocupado com o papel que não cumpriu enquanto vice-presidente da FPF? É que eu de pessoas que ocupam cargos não quero opiniões pessoais. Quero opiniões institucionais ( as pessoais exporá nos órgãos competentes que ocupa, não será?). Mas já agora…. Onde está o seu pedido de desculpa aos portugueses por não ter desempenhado o seu papel, isto é, ter impedido o seleccionador nacional de fazer as figuras tristes que fez nas 2 entrevistas posteriores ao jogo?

2. Comentário aguarda aprovação.
Como trata este caso do seleccionador num blog não pode postar sobre a Incompetência dos árbitros?

http://www.4linhas.com/

O Presidente da LPFP tem um blog (http://www.4linhas.com/). Está no seu direito. Mas pode alguém que é detentor de um cargo público emitir a sua opinião pessoal sobre o exercício desse cargo num blog? Tenho a minhas séria dúvidas que seja leal, justo e ético publicar frases como “Scolari no final do jogo passou-se…”.
O presidente da Liga, por inerência 1º vice-presidente da FPF, não pode, na minha opinião, fazê-lo. É pode por em causa a tomada de posição da FPF e da própria LPFP.
Os jornalistas, desde a TSF ao público, passando pela bola, só para falar dos que leio e ouço, parecem não ter nada a dizer sobre esta questão. Estranho, ou talvez não (o que interessa à comunicação social o papel dos editores de blogs?).
Reparem (se não repararam, eu realço) que não falei do tom de conversa de café empregue. Mas se Hermínio Loureiro estivesse preocupado com o papel que estava a desempenhar em vez de estar a tomar notas para o blog estaria, no final do jogo, a explicar ao seleccionador nacional que não podia ir à conferencia de imprensa e ao flash interview por não estar em condições de representar a selecção naquele momento. Mas para isso seria preciso:

Ter “tomates” para agarrar o Scolari e lhe explicar que naquele dia não falava mais (até o ajudava com a família que teria menos 3 ou 4 razões para estar zangada com ele).
Perceber que quem se passa não entende que se passa e por isso agrava o índice de figuras tristes.
Não fazia o papel de vítima que teve que pedir desculpas em nome da FPF.
Perceber que desempenhar um cargo não é ir à bola e inventar uma taça enquanto a arbitragem afunda o campeonato para uma história negra ao fim de 4 jornadas.

Processo Apito Estragado

Depois de nos terem enchido os ouvidos com promessas de alterações de fundo no domínio da arbitragem, depois dos auricularares, dos microfones e da iminente perspectiva de profissionalização, é com espanto que assistimos a este calvário que têm sido as arbitragens desta Liga 2007-2008.
Hoje lá tivemos mais um festival. Aquela arbitragem do Estrela-SCP, em especial o penalti que ficou por marcar e aquele cartão amarelo dado ao Abel, somado àquele sorrisinho pateta do árbitro vão certamente ficar na nossa memória por algum tempo. O pior é que tirando este exemplo tem sido sempre assim...
Aqui há tempo alguém que não recordo quem era, dizia que o problema dos árbitros portugueses não é a corrupção, os quinhentinhos, a fruta ou as viagens ao Brasil. O problema seria, segundo quem fazia este comentário, mesmo a incompetência. E eu começo a concordar. Não podemos branquear as situações de corrupção que têm de ser devidamente punidas, mas na generalidade os ábitros portugueses mais os seus chefes, eu rifava-os todos. Ou melhor: envolvia-os em cintos de explosivos e sugeria o "produto" à Al-Qaeda. Assim ainda davam algum lucro à Liga e lá se castigavam os verdadeiros terroristas...
Quanto ao jogo, sem espinhas. Foi pena termos ficado pelos 0-2. Merecia resultado mais volumoso.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

A difícil arte de estar calado

Ora ai está!
O folhetim Scolari já mete o Presidente da República e tudo! Cavaco Silva declara-se triste. Vem juntar a voz a Pedro Silva Pereira e Laurentino Dias que, todos eles, derramam palavras severas sobre o selecionador nacional.
Tudo isto daria vontade de rir, não fora estarmos afinal perante uma tragédia em potência.
A selecção nacional de futebol não é nenhuma direcção geral, nenhuma secretaria de estado ou ministério. Não vemos pelo menos nenhum programa de contenção de despesas à sua volta... O assunto que está em discussão não é nenhum assunto de estado, não envolve nenhuma medida política, não tem efeitos na mecânica da justiça. Trata-se apenas de um caso em que um tipo dá uma latada noutro.
Se fosse justificar-se-ia o comentário a tão alto nível. Não sendo, tudo isto começa a cheirar a farsa perigosa. O Presidente da República e os membros do Governo estão a deitar gasolina para uma fogueira que era melhor que fosse apagada. Quem é o responsável se o fogo atear mesmo?
A menos que...
A menos que o cargo de Scolari seja encarado como se de um director geral ou de um secretário de estado se tratasse. E então, se assim é, alguém do governo tem de ser responsabilizado pela sua contratação e por esta imagem que tudo isto gerou. Alguém nas esferas mais altas do poder tem de prestar contas perante o povo português e explicar que programa foi traçado para a instituição futebol, que resultados se espera alcançar e que medidas estão previstas no caso dos objectivos não serem atingidos. Em nome do povo portugês alguém tem de vir explicar que altos desígnios nacionais estão aqui em jogo para que os mais altos dignitários políticos se venham manifestar de forma tão veemente. E alguém tem de agir com outra determinação e não ficar à espera para ver.
Ou será...
Ou será que afinal estamos perante aquilo que venho aqui escrevendo desde há alguns dias: esta gente está-se marimbando para o desporto e não tem uma ideia que se veja sobre desporto, mas não perde ocasião para nele se encavalitar sempre que a ocasião se revela mais propícia.
Se o que vimos é apenas um jogo da bola deixem o futebol em paz e ocumpem-se de assuntos mais importantes. Se o que vimos transcende o mero jogo da bola expliquem-nos qual é o grande desígnio que está aqui em debate e qual o significado político que se extrai de tudo isto porque assim a gente não se entende.
Também se pode tratar, é certo, apenas do exercício incompetente da difícil arte de estar calado...

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

O acordo com a CML

Foi finalmente selado. Agora resta fazer o balanço desta situação toda. Continuo a achar que por muito que a CML possa ter andado mal em todo este processo, as sucessivas direcções do Sporting trataram este assunto com leveza. É imperioso prestar contas, apurar responsabilidades e não deixar cair este processo no esquecimento.
Registam-se as ausências e as presenças na cerimónia de assinatura do acordo...

Amadores!

Os recentes feitos do desporto português não podem deixar de nos espantar. A trajectória da equipa de râguebi, em particular, de que o PC tem dado aqui conta, é bem o espelho da Nação. Um punhado de gente que paga, literalmente, para jogar, que consegue uma prestação notável e um apuramento para o qual apenas parecem destinadas as poderosas equipas profissionias. Com uma dose maior ou menor de sacrifício --mas sempre com sacrifício-- o mesmo se passa nas outras modalidades que ultimamente se têm vindo a destacar na paisagem desportiva portuguesa. Foi também digna de registo a participação da selecção portuguesa de basquete.
Tudo isto é Intrigante.
Os nossos atletas batem-se desde há anos taco a taco com atletas de outros países, cujas condições de trabalho não podemos ter sequer a veleidade de comparar com as nossas. Individualmente, Portugal lá faz o brilharete ocasional, se bem que o desporto português no seu conjunto tenha uma dimensão insiginificante.
Não espanta a capacidade dos atletas portugueses. Não somos anatomicamente diferentes dos outros povos, temos duas pernas, dois braços, etc e tal, e sobretudo temos uma cabeça, presumivelmente com o mesmo volume craneano, massa encefálica idêntica e as circunvoluções todas no sítio. O facto de ganharmos um medalha ou outra e de, volta não volta, nos quedarmos por lugares importantes nos diversos campeonatos das diversas modalidades não pode pois, nesta perspectiva, surpreender. Os atletas portugueses fazem o que o seu impulso competitivo os conduz a fazer: competem e algumas vezes ganham.
O que surpreende francamente é que os responsáveis políticos, autores das políticas seguidas pelo país, designadamente da política desportiva e os zeladores do seu cumprimento pactuem com o clima de amadorismo e adoptem uma inaceitável postura de elogio desse estatuto que, na prática, apenas quer dizer uma coisa: vergonhosa passividade. Supreende, como escrevi aqui há pouco, a atitude do Secretário de Estado da Juventude e Desporto ao criticar os apelos dos brilhantes atletas portugueses que concorreram no Japão, como já tinha surpreendido o discurso do Presidente da República quando exaltou o apuramento da selecção de râguebi porque se tratava de uma equipa amadora. Os atletas não escolhem o "amadorismo". Não têm é outra alternantiva. E se revindicam melhores condições de trabalho logo há quem lhes puxe as orelhas.
Os responsáveis dizem implicitamente que assim está bem...
As contrapartidas que a comunidade dá aos atletas que representam o nosso país são miseráveis. Mas, todos se revêem nos seus feitos. Nomeadamente os políticos. E todos se julgam no direito de reivindicar uma parte das suas vitórias. Nomeadamente os políticos.
Estaria na altura de os portugueses pararem um pouco para pensar o que estão a exigir dos seus atletas e o que lhes estão a dar em contrapartida.
Diria mesmo que estaria na altura dos portugueses pararem um pouco para pensar no que estão a exigir uns aos outros e o que estão a dar em troca...
Profissionalizem-se!!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Hino ou vitória? Vitória!

Sou um adepto do Rugby e orgulho-me pelo facto de estarmos no mundial, pelo facto de o MVP da nossa estreia ser português, do ensaio, da transformação e da penalidade. Orgulho-me da presença massiva do público. Acho que fomos prejudicados e que é bom lembrar que apesar das regras de arbitragem estarem a anos-luz das do futebol, o jogo também é feito por homens (concretamente não vi nenhum fora de jogo na jogada do segundo ensaio e o último ensaio da Escócia foi precedido de falta por uma placagem sem bola). Emocionei-me como qualquer outro na hora do Hino porque essa hora representou todo o orgulho atrás referido.

Acho, no entanto, que comparar esse momento ao vivido pelos profissionais do futebol é injusto por algumas razões:

1 – No caso do mundial de Rugby estamos a falar de um momento único até à data. Tal como será um momento único o jogo com a Nova Zelândia.

2- No futebol não podemos ficar contentes com um empate após tanta necessidade de vencer

3- No Rugby podemos ficar contentes se não perdermos com a Nova Zelândia por algarismos superiores a 99 pontos e se conseguirmos uma placagem completa (já viram bem o corpo dos Neozelandeses?)

4- Para comparar o comparável era preciso ir buscar o hino na final do europeu pois esse será, eventualmente, o momento psicologicamente comparável no que diz respeito ao grau de emoção vivido pelos atletas.

5- Hoje espero uma vitória e não um hino cantado para papalvos verem

domingo, 9 de setembro de 2007

Já que as nossas camisolas eram as do Rugby

Portugal começa hoje a sua participação no mundial de Rugby. O Jogo não dá em canal aberto, por via de uma política de desporto que se baseia em sei lá o quê.

Também muito engraçado o facto de a Quebra-mar não ter qualquer camisola dos lobos à venda porque se esgotaram. Se calhar há mais pessoas a apoiar este evento do que alguém previa…

Já agora parabéns à CGD pelo excelente anúncio do empurrãozinho.

Venenos 31


Algo me diz que o senhor Scolari vai acabar como adjunto do senhor Couceiro na selecção de Sub-buteos...

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

O exercício do poder...

A reacção do Secretário de Estado do Desporto e Juventude Laurentino Dias aos apelos de Naide Gomes e Nelson Évora para que fosse criada uma pista de treino de inverno é verdadeiramente patética. Constitui mais uma peça deste puzzle intrigante que é a actuação deste governo no capítulo do desporto. Onde está bem acompanhado por toda a oposição...
O estranho puzzle parece feito de peças que sobraram de outros puzzles ou sobras de produção. Tudo metido no saco e servido como se fosse uma coisa coerente. E para as peças mais teimosas lá está a tesoura para as obrigar a encaixar.
Ao apelo simples destes atletas de excepção, verdadeiros heróis nesta terra de padrastos, Laurentino Dias responde de forma impertinente e arrogante.
Mas, não se admirem se um dia destes o virem numa qualquer tribuna a reclamar -- de forma subtilmente implícita com a sua presença-- o mérito das vitórias destes atletas. Chama-se exercício do poder.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ainda o jogo com o Belenenses

1- O Sporting devia proteger o Liedson, insurgindo-se contra a useira teoria de que ele é um jogador “espertalhão”. Já estamos cansados de ser preciso sei lá o quê para que marquem as faltas que fazem contra ele.
2- Que a opinião publicada não se dá bem com a estabilidade já se sabia. Que para isso não olha a meios não é novidade. Não precisam de tentar acabar com o PB esta época. Ele é o pontapé para a frente, o sistema rígido e sei lá mais o quê. Hoje há novos meios de informação, como este, onde as opiniões se vão formando para além dos fazedores de opinião de meia tigela.
3- Parabéns ao PB pela questão dos atrasos. Ao Sporting resta exigir que haja critério (o que não é tão pouco assim).
4- O Derlei jogou mal (sei lá em que terço, foi mesmo na área, não foi?) o João Moutinho anda a precisar de aprender a livrar-se dos adversários. Parece que nos novos jogadores a questão é quem tem lugar, o que é bom. Mas PB tem que considerar a hipótese de tirar alguém do passado se tal for necessário para voltarmos a ter um nº 7 em campo.
5- É sabido que estou com PB. É sabido que odeio que se assobie a equipa durante o jogo. Para mim isso dá-me liberdade para dizer que não percebo o que faz o João Moutinho nas grandes penalidades. Também quer dizer que gostei de se estar a apoiar a equipa antes do jogo, mas é preciso que de futuro esse apoio seja ainda mais parecido com o demonstrado após o golo
6- É reconfortante este sentimento de que a equipa se está a fazer até porque o PB não costuma dormir em cima de louros de pouco significado. Há muito trabalho pela frente
7- O Sporting tem que lutar pela passagem na LC. Não se pode manter o discurso dos coitadinhos.

O ROI do BES

O BES renovou os contratos que tem com os três clubes que dominam o futebol nacional. Não revelou quais os valores, mas referiu que os coisos recebem mais que os outros dois. Também referiu que o Sporting é aquele que mais retorno garante. Sempre que o BES está metido em negócios com o Sporting fico com a dúvida sobre o dever de lealdade da direcção. É ao Sporting ou ao empregador?

Venenos 30

Em vez daquelas bandeirinhas com publicidade que nos deixam nos lugares, volta não volta, sugiro a quem de direito que deixe uma garrafinha de água para a gente poder dar um pontapé como deu o Paulo Bento depois do golo de ontem. Caraças!, a gente também tem direito a meter a raiva cá fora depois de oitenta minutos a sofrer!
E aproveita e refresca os consócios...

Reflexões sobre a equipa do Sporting

Quanto a mim Master Lizard tem razão ao pôr um dos acentos tónicos do seu último (telegráfico) post na ineficácia goleadora de Derlei, considerada esta como paradigma da falta de eficácia da equipa no chamado, em futebolês, último terço do campo. Emendo: falta de eficácia ofensiva.
Do ponto de vista defensivo a equipa apresenta-se esta época, de um modo geral, muito melhor. Começa logo aí, no ataque, a defender. Nesta época tem sido, neste aspecto, muito mais eficaz, pois Derlei complementa melhor que qualquer dos que antes acompanharam Liedson, esse tipo de função: quando o Sporting perde a bola, ambos chateiam os adversários de maneira a voltar a ganhá-la, ou a que estes errem os passes, ou ainda, no limite, fazendo faltas para não deixar o adversário jogar. As faltas do Sporting são, na esmagadora maioria, cometidas ainda no meio-campo do adversário.
É assim que o Sporting vem compensando a menor qualidade que esta época tem, por enquanto, o sector defensivo em sentido estrito.
Neste, Abel aparece em boa forma, com bom jogo ofensivo (tirando o acerto nos cruzamentos, que tem dias…) e eficácia e boa colocação a defender. Mas Rony tem as limitações já aqui várias vezes apontadas, das quais avulta a sua deficiente colocação no terreno; não é um jogador inteligente. Paulo Bento passa-se com ele, ao longo dos jogos, corrigindo posições e atitudes. Na fase final do jogo com o Belenenses foi visível que PB estava sempre a chamá-lo e, quando já estávamos a ganhar, viu-se ele, irritado, mandá-lo trocar a bola, não em zonas atrasadas, mas mais à frente, no meio-campo adversário. No entanto a sua produção tem vindo a melhorar, quanto a mim por influência de uma situação que até agora não vi ser identificada pelos comentadores e analistas: a colocação de Moutinho no vértice esquerdo do losango do meio-campo. De facto, Moutinho, numa missão de sacrifício que o torna menos brilhante, tem vindo a ser o elemento que não permite aos adversários explorar esta maior insuficiência do nosso sector defensivo. Coisa que dificilmente poderia ser feita por qualquer um dos reforços da época (Ismailov já se viu que não sabe jogar à esquerda e Vucevic não tem suficiente jogo defensivo). A outra hipótese seria Adrien, mas este tem vindo a afirmar-se mais a meio do terreno e não descaído para um dos lados, além de que lhe falta experiência.
Mas a estrutura do sector foi muito afectada pela ausência de… Caneira. Sei que o que digo é polémico, mas observei isto com atenção: Caneira, não sendo um executante fora-de-série, era o líder da defesa, aceite por todos, na época passada. A sua liderança era aceite porque ele tem a capacidade de ler inteligentemente o jogo enquanto este decorre; e todos os colegas percebiam isso e acatavam as suas indicações. Esta época esse papel cabe a Polga o qual, beneficiando da confortante presença de Caneira a seu lado, fez uma época passada muito boa. Ora Polga não tem demonstrado as capacidades de liderança de Caneira. Por isso oscilou muito no início de época, falhando em certas ocasiões (aquele golo contra os lamps…) e não se exibindo a contento. Este jogo contra o Belenenses (aliás como a parte final, depois do golo, do jogo contra o FCP) pode ter contribuído para a afirmação de Polga no seu novo papel.
Nas últimas fases dos dois primeiros jogos do campeonato, fruto do resultado que se verificava, PB teve de recorrer, dentro do modelo de jogo do Sporting, a um sistema alternativo: passou a jogar apenas com 3 defesas e pôs mais um homem no ataque (contra o Belenenses até pôs um e mais um de apoio, pois tínhamos um elemento a mais). E Polga ficou com responsabilidade acrescida. Contra o Porto não esteve brilhante, mas agora conseguiu desempenhar bem o papel, subindo com a-propósito para desequilibrar e dando confiança à equipa, cá atrás.
A equipa está ainda a ganhar consistência, mas já se verifica uma capacidade que não tinha tão vincada na época passada: usar um sistema de jogo alternativo quando as incidências do encontro e do resultado a isso obrigam, sem afectar significativamente a coesão do todo.
E, no jogo contra o Belenenses, com resultados.
Agora falta ganharmos eficácia no último passe e na concretização. O que não é pouco…

domingo, 2 de setembro de 2007

Telegrama

Anti-jogo Belenenses. Stop. Hesitações Derlei. Stop. Arbitragem Xistra. Stop. Relva Alvalade. Stop. Vergonha. Stop! Soube a pouco mas três já cá cantam. Stop. Beleneses mereceu levar na pá. Stop.