sábado, 10 de novembro de 2007

O jogo contra a Roma

É galo!

Sou dos que pensam que o Sporting fez uma das melhores (se não a melhor) exibições da época no jogo contra a Roma.
E que só não ganhámos porque não fomos felizes.
Vejamos o que é que isto de ser ou não feliz, ter ou não ter sorte, quer dizer. De facto, vendo bem, tudo o que se passou em termos das incidências dentro das quatro linhas decorreu de circunstâncias normais do jogo; algumas foram até muito lógicas.
Comecemos pelas lógicas:
- O Sporting chegou ao 2-1 em resultado do decurso normal dos acontecimentos; os golos (o deles e os nossos) traduziam o jogo-jogado, isto é, não foram golos fortuitos.
- Depois disso, nem o Sporting jogou de forma a dizer-se que podia conseguir o terceiro golo (que seria o que nos poderia pôr a coberto de alguma infelicidade), nem a Roma conseguiu entrar na nossa grande-área de maneira a criar oportunidades flagrantes de golo.
- Contudo, embora passando a jogar mais em contenção, o Sporting não se remeteu a defender o resultado (como tantas vezes tem feito nestas circunstâncias, com os funestos resultados que temos visto); o controlo do jogo foi feito na maior parte do tempo no meio-campo adversário e ensaiámos muitas jogadas de ataque.
- Não conseguindo tentar o golo através de entradas na área, a Roma tentou-o através de um pontapé de meia-distância. Que me lembre, foi esse o único remate perigoso dos romanos que aconteceu depois do nosso segundo golo.
- Visto em directo pareceu-me que o ressalto tinha sido fortuito e exclamei: “ganda paio!” Revendo depois as imagens reparei, no entanto, que Polga meteu de propósito a cabeça à bola, convicto de que a conseguia desviar da baliza; calculou mal e a chincha foi lá para dentro. E não se pode afirmar com certeza que se ele não tem metido a cabeça à bola esta não entrava na mesma.
Quanto ao outro aspecto de que nos podemos queixar, o golo limpo que nos foi anulado, é também uma circunstância normal do jogo, porque errar é humano e no resto o árbitro até esteve bem.
Digo, mesmo assim, que não fomos felizes porque se no futebol só entrassem os golos correspondentes ao tal jogo-jogado a Roma não teria obtido um segundo golo e, admitindo que não houve marosca, eram de fifty-fifty as hipóteses de o árbitro se enganar contra nós ou contra eles. Logo tivemos o azar de o árbitro se enganar contra nós!

Boas notícias

Para não ser tudo mau, houve várias boas notícias resultantes deste jogo:
- A já referida atitude de contenção “activa”, chamemos-lhe assim, não se remetendo à defesa e fazendo esta longe da nossa área.
- Um comportamento mais próximo de um profissional de alto rendimento por parte de Djaló, que esperemos seja sinal de recuperação das boas indicações que deu em alguns períodos da época passada. Deu-me algumas esperanças de que ele possa vir a fazer melhor companhia a Liedson no futuro próximo.
- Finalmente, o caminho que Paulo Bento vem experimentando aos poucos e poucos de, colocando Vucevic e Izmailov simultaneamente, alargar a frente de ataque, adaptando a equipa ao facto de não ter havido até aqui um segundo avançado em condições de acompanhar Liedson. Assim, mantendo os princípios de jogo, vem capacitando a equipa para jogar num sistema mais próximo do 4x3x3, alternativo ao habitual 4x4x2 com losango.

Venenos 34

Aqueles que confiaram na palavra dos dirigentes e ex-dirigentes do Sporting que diziam que o clube não tinha vocação para gerir outros negócios para além do futebol, enganaram-se... Acaba de ser criada uma agência de viagens "Sporting".
A agência já fez a sua primeira acção de marketing e, pelo sim pelo não, distribuiu sacos de enjoo aos Sportinguistas que assistiram ao jogo com a Roma. De facto, deram jeito...

A alta competição - Parte 4

Podemos, em jeito de conclusão deixar aqui várias perguntas para que então alguém tenha a gentileza de responder.
Houve ou há algum problema com Carlos Freitas dentro do Sporting? Se houve porque não foi, ou não é, claramente explicado? Se não houve porque veio ele à televisão e aos jornais justificar-se desta forma agressiva e obviamente planeada de modo cuidadoso? Se houve erros no passado, como ele próprio admitiu, que erros desencadearam agora este drama? Quem contesta Carlos Freitas? Os adeptos?! A direcção? Se os sucessos nunca foram contabilizados quem são os responsáveis por essa omissão? Qual a razão pela qual se contabilizam então agora os insucessos? Quem foi o personagem ou personagens "do universo Sporting" que o levou a decidir ficar? Quem foi que o levou a ponderar a demissão? É Carlos Freitas que decide ficar ou sair do Sporting? Se não há crise por que razão o Conselho Leonino entendeu elogiar Filipe Soares Franco?
Estamos todos com uma enorme curiosidade em perceber esta "crise" que não é, e perceber, sobretudo, quem são os seus protagonistas, que o não são porque nunca houve crise!