sexta-feira, 29 de junho de 2007

Proposta de um fim digno para o Público

Uma criatura chamada Laurinda Alves escreve hoje no Público (mais) uma catrefada de comentários sobre o Estádio de Alvalade, a que ela chama "o estádio do meu clube"... O tema do artigo é, imagine-se, o concerto dos Rolling Stones, pelos vistos, o único motivo suficientemente forte para levar a senhora a visitar o estádio do seu clube.
Não percebo o que deu ao Público para se atirar ao Sporting e ao seu estádio. Ontem os blogs Sportinguistas verberaram profusamente este jornal, de diversas formas, pela provocatória inclusão do estádio numa daquelas idiotices de verão que os jornais gostam de fazer para encher papel. Aqui há tempos houve aquele triste episódio da pretensa dívida do Sporting a fazer manchete, e , recordar-se-ão talvez de ter falado disso, António Barreto a atirar-se ao Sporting por causa deste assunto em termos que fariam envergonhar os advogados do método científico... De um modo geral, a conversa do Público relativa ao Sporting parece ter sempre água no bico e as garras parecem estar sempre afiadas contra o nosso Clube sagrado.
Como no caso das bruxas (na existência das quais ninguém acredita, como se sabe...), esta nova diatribe trará, certamente mais uma vez, água no bico e a maternal Laurinda poderá não passar de mais um peão numa estratégia mais complicada. Antigamente as bruxas, como se sabe também, iam para a fogueira. Como nem o Público, nem esta bruxa merecem a fogueira (esta gente nem pelo fogo se purificaria...) eu já sei por onde vai passar a edição de hoje do Público. Dou-vos uma dica: a Renova não vai fazer negócio cá em casa durante um tempo...
E esperemos que o Público não continue a provocar os Sportinguistas! É verdade que com a queda das tiragens, se calhar qualquer dia não há Público...

quinta-feira, 28 de junho de 2007

O dinheiro não tem cor

Não consigo perceber aqueles que continuam a fazer análises à indústria do futebol única e exclusivamente com base na paixão clubista. Vem isto a propósito das recentes movimentações em torno dos “coisos”, sobretudo do Mr. Berardo.
O Sr. Berardo é um capitalista (este termo, ao contrário do que se possa pensar não é político, mas sim económico) que enriqueceu nos elevadores das minas de ouro. Resolveu voltar para Portugal por razões que desconheço, mas que acredito, por pura especulação, terem a ver com a tendência dos sul-africanos em atacar aqueles que mais se distinguiram na defesa dos valores do apartheid. Ao regressar investiu nos vinhos, na bolsa nos bancos, em roupa preta. Também continuou a maior colecção de “lados B” de arte moderna que há no mundo. De tudo isto nada é demais a não ser ter sido o único “coiso” a transformar em real um valor estimado (ao contrário do que pretendiam os seus corregelionários pelo Mantorras). Pagamos todos nós esta escandaleira que até o “Mega Gastadeira” se indignou....
Voltando à vaca fria. A Banca nasceu para suportar as actividades capitalistas e sempre esteve envolvida nas actividades que em cada momento histórico mais se desenvolveram. Todos sabemos que esse é o caso actual do futebol pelo que não entendo onde está o espanto ou a ironia na sua proposta. Acho que deve ser tomada a sério, e nestas confusões e interesses do BCP, não sei se não poderá ser mais perto do que se pensa.
Mas onde eu queria chegar, apesar de parecer que estou a caminho do centro cultural, é que a OPA não é mais que uma acção capitalista de um capitalista numa indústria em franco desenvovimento. Ou seja, o Mr. Berardo já manda no Benfica, porque já iniciou as movimentações necessárias para dar cobertura a compras de jogadores a influenciar decisões e a enviar recados. Lançou a OPA e logo todos acham que ele agora tem a obrigação de comprar jogadores para o clube, que isso sim é ajudar. Mas é o que ele quer! Como qualquer capitalista faz, estudou o mercado e chegou à conclusão que só com a ajuda de quem já conhece o mercado é que pode investir. E os “coisos” colocam todo o seu know-how ao seu serviço. Ele investirá em jogadores sem necessidade de investir em infraestruturas de procura de mercados. O clube do seu coração trabalhará de borla para ele. Porque hoje não é preciso “pôr” dinheiro nos clubes. Compram-se passes e colocam-se os jogadores em clubes a valorizar. As mais valias são melhores que muitas das acções da nossa bolsa. A popularidade e promoção numa área que até aqui não estava ao seu alcance serão só mais um valor acrescentado.
O dr. Sousa Tavares parece que foi o único colunista a perceber isto e não pode ou não quis dizer tudo, talvez porque o seu mercado vive da especulação clubista. Entretanto todos andam entretidos a dizer que não vendem as acções. O Mr. é tão bom que nem precisará desse investimento para mandar e ganhar dinheiro no futebol.

sábado, 23 de junho de 2007

Os milhões da Superliga

O relatório da Deloitte sobre o estado do futebol português (reportado à época 2005-2006) é claro: o prejuízo resultante da actividade desta "indústria" é brutal. Uns meros 524,2 milhões de euros! Um valor que roça o valor do Activo Líquido que é de de 560,1 milhões de euros. Há mesmo 7 clubes que apresentam "passivos superiores ao valor dos seus activos líquidos contabilísticos."
As conclusões do relatório não constituem exactamente novidade. Qualquer observador atento da paisagem futebolística portuguesa poderia antecipar as conclusões da Deloitte. O mérito do relatório --profusamente publicitado pela imprensa de hoje-- reside na quantificação do "estrago". Particularmente alarmantes são os dados relativos à diminuição de receitas, ao aumento do endividamento e à diminuição do valor dos capitais próprios dos clubes.
Nos números da Deloitte espelha-se a rebaldaria que tem sido a orientação estratégica dos clubes, dos seus organismos representativos e das autoridades públicas. E, embora não sejam explicitados, lemos nas entrelinhas deste relatório os nomes dos responsáveis por este estado de coisas.
Os três clubes principais da Liga maior são responsáveis por uma percentagem muito significativa dos valores apurados. Sublinha-se o prejuízo corrente recorde do FCP. Relativamente ao Sporting, registe-se o crónico, inadmissível e triste terceiro lugar relativamente a aspectos fundamentais como o volume de receitas, o número de sócios ou as assistências aos jogos. Pelos vistos, a disponibilidade financeira exigida aos sócios e adeptos do Sporting afinal não chega... Assinale-se, contudo, com nota francamente positiva a diminuição de custos e prejuízos correntes.
Na apresentação do relatório da Deloitte, o Secretário de Estado do Desporto disse, apesar das evidências, que "as contas não são fáceis de fazer, não são sequer ainda rigorosamente reais. Há algumas realidades escondidas." Como sempre, neste país de brandos costumes, a realidade não é real e, ainda por cima, anda escondida...
Podemos assim facilmente antever como, apesar do aviso sério que tudo isto constitui e da dificuldade que todos aparentam ter em fazer contas, lidar com o real e inverter o curso dos acontecimentos, como vai ser o relatório de 2006-2007. E o de 2007-2008!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Bom amigo, alegre, íntegro, impecável...

... Assim o descrevem alguns dos colegas que, com João Martins, fizeram parte da fornada de jogadores que deu nomes como Caneira, Boa Morte, Alhandra, Simão e Patacas, entre outros.
Martins foi campeão pelo Sporting nos diversos escalões de formação. Acabou por não representar o seu Clube no escalão maior, mas jogou em clubes dos escalões secundários como o Ribeira Brava, o Odivelas e, até anteontem, o Oriental.
Faleceu, subitamente, aos 27 anos, vítima de ataque cardíaco.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Figuras de referência

O Sporting precisa de jogadores mais maduros para equilibrar a média de idades. Já aqui foi dito isso. O equilíbrio do plantel --de qualquer plantel, afinal de contas, mas, em especial, do plantel do Sporting-- passa por esta variável etária. A solução mais aconselhável deveria assentar na manutenção de jogadores da casa, referências internas, sólidas, que nasceram no Sporting, conhecem os seus cantos e ajudam a passar o testemunho. A autoridade não se ganha à pressa, nem é outorgável por contrato. A velhice é, como se dizia na tropa, um posto e a equipa precisa de quem ocupe esse posto.
O Sporting tem neste capítulo um longo historial de asneiras difíceis de esquecer. Em matéria de jogadores mais velhos, seria fácil lembrar uma meia dúzia de nomes cujo afastamente constituiu, no meu entender, um verdadeiro crime de lesa Sporting, e uma outra meia dúzia cuja contratação se revelou totalmente incompreensível e inútil.
Anuncia-se agora a vinda de Derlei. Trata-se de um nome que já há algum tempo foi falado. Agora, parece, é de vez. Resta saber, por um lado, se Derlei está em condições de cumprir o papel que se espera de um jogador com as suas características, com a sua idade e o seu historial, e se, por outro lado, a sua vinda implica ajustes e re-equilíbrios no plantel.
Sem querer colocar, à partida, nenhum anátema sobre o jogador, diria que iremos todos certamente manter sob observação atenta esta escolha dos responsáveis.

Formação do plantel: boas e más notícias, dúvidas e esperanças

Sou mais de fazer "prognósticos só no fim do jogo"; neste caso, fazer análises às contratações depois de fechado o plantel. Ainda faltam jogadores para algumas posições. E ainda não há uma decisão definitiva sobre quais os ex-juniores que serão chamados à equipa. Quanto a Douala, que parece estar à venda (espero que não a qualquer preço), apesar de lhe reconhecer algumas características positivas como futebolista (nomeadamente a sua incrível velocidade de corrida), não penso que ele se encaixe no modelo de jogo do Sporting. Por mais antipatias que haja sobre este, é o nosso, deve continuar a ser e tem dado provas de poder ser rentável na próxima época, em que os jovens já terão mais experiência.
Mas, como os leitores habituais do KL devem saber, sou contra contratações do tipo Derlei (mais de 30 anos, com o topo de carreira já passado e que já não têm incentivo de vitórias que lhes valorizem o currículo). Destes, só se houver uma ligação de carácter digamos "familiar" (Vidigal, Hugo Viana) é que pode ser defensável a contratação. Deveríamos ter aprendido com o que se passou com Paredes. Agora que o caso de Derlei parece estar consumado espero, sinceramente, ter de vir a engolir estas palavras, mas penso que a contratação de Derlei é uma má notícia.
Entretanto, a boa notícia é que Romagnoli assinou por três épocas com um custo de passe de 1,2 milhões, o que parece um bom negócio; convém manter jogadores que deram provas e que já estão integrados no modelo e no sistema de jogo da equipa. O risco (tem sempre de haver um, não é?) consiste em saber se El Pipi rende também nas épocas em que não termina contrato...
Entre boas e más notícias, a minha esperança é que Paulo Bento não esteja enganado quando declara ao site oficial do Sporting que Derlei, Izmailov, Glastone e a continuidade de Romagnoli se enquadram na estratégia traçada para 2007/08: «As coisas estão a decorrer de acordo com aquilo que perspectivámos para a época que está prestes a começar. Ou seja, estão a seguir-se os trâmites normais contratando os jogadores que entendemos serem os ideais para reforçar sectores importantes na equipa. Portanto, são os jogadores com o perfil e características que pretendemos e que julgamos adequados às necessidades do Sporting.»
Os "trâmites normais" de que fala PB remetem-nos para a questão dos negócios. Estes, no passado recente, não têm sido de molde a deixarem-nos descansados sobre a sua lisura; os "custos zero" trouxeram-nos, na maioria dos casos, jogadores que vieram vencer ordenados dos mais elevados da equipa (Bueno 73mil, Alecsandro 52mil, Farnerud 44mil), com resultados menos que medíocres. Duvido muito da existência de uma adequada prospecção (a nível de seniores) no Sporting, no que sou acompanhado pelo insuspeito e sabedor Luís Freitas Lobo que diz, falando dos clubes em geral, que "não existe prospecção séria" e que são mais "os empresários a ir ter com os clubes com portfolios de pretensos craques, do que os clubes a ir em busca dos jogadores".
No fundo a minha esperança é de que PB esteja a ter, desta vez, um papel preponderante nas contratações da equipa.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

As flores do iogurte

Um comentário do Cleone a um post meu anterior suscitou-me agora este. Eu creio que será lícito esperar que não haja mais saídas para já. Mas, quanto a este assunto também não há que fazer nenhuma tragédia. Há jogadores que podem sair sem graves danos futuros, mas há outros que não devem sair! Pelo seu valor desportivo, pelo potencial que têm, pela capacidade de direcção que demonstram, pela autoridade que exudam dentro e fora de campo, por tudo isso são cruciais para a estratégia actual do Clube. São símbolos e deveriam ser guardados por necessidade actual e para referência futura. A sua influência estende-se para além dos 90 minutos de uma partida. Chamemos-lhes "flores do iogurte"... São atletas que "fazem" outros atletas. O Sporting precisa deles se quer continuar a manter a cantera e se quer continuar a manter o interesse na sua cantera. Há aqui uma diferença importante!
A solução "formação" é boa para o Sporting, nas condições actuais do Clube e do futebol português. Mas, é-o também para os outros clubes. A concorrência agora não parece significativa, mas poderá sê-lo num futuro não muito longínquo. A solução "formação" é válida para a concorrência e a capacidade do Sporting para atrair novos talentos passa também por manter factores de atracção. Boas condições logísticas e bom nível de organização podem não bastar. Um atleta sólido, com carisma é um factor de valor incalculável para atrair os futuros talentos. É necessário que o Clube tenha também uma montra adequada para mostrar os seus talentos e enquadrar bem os seus símbolos, mas é preciso que esses símbolos existam.
Há, pois, jogadores cuja despedida do Clube não significará nunca mais do que o natural cumprimento do seu desígnio e do desígnio do Clube. Mas, há outros cuja eventual falta poderá revelar-se um erro de consequências irreparáveis.
Deixo à imaginação de todos adivinhar quem eu considero ser a nossa "flor do iogurte"...

sábado, 16 de junho de 2007

A OPA da treta

Sobre o assunto da OPA que Berardo "lançou" sobre as acções do Benfica, e que, agora se vê, teve uma intenção de carácter especulativo, vale a pena ler este post do Jogo Directo (embora eu tenha uma opinião diferente da do articulista sobre a questão do que ele chama o "governo das SAD").

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O (mau) pagador de promessas

O presidente do Sporting encontrou uma fórmula infalível para não ter de pagar as suas promessas... "Nenhum dos talentos do Sporting sai comigo como presidente," declarou solene em tempos, lembram-se? Saiu Nani. Agora fala-se de Moutinho. À cautela lá vai dizendo que, "João Moutinho não é para sair do Sporting. Como o próprio Nani, mas saiu porque existiu um clube que superou a cláusula de rescisão," afirmou ele enquanto, certamente, colocava com ar inocente o olhar em alvo sobre o tecto e lhe cresciam asinhas nas costas...
Não sei se percebem a lógica... A promessa está feita. Lapidar, grave e majestática. Mas eles lá vão saindo. Desta forma a culpa dos jogadores sairem é sempre dos clubes que cobrem a tal cláusula de rescisão.
Eu percebo que o Sporting pouco possa fazer para segurar muitos dos talentos que forma. Mas, afinal não é para isso que a Academia está aberta?
A pergunta que se impõe é esta: não teria sido melhor colocar as coisas claramente desde o princípio? Os jogadores saem quando têm de sair e o Sporting tem de ter a mais valia da sua actividade enquanto clube formador. Não adianta nada fazer este número ridículo e falso do presidente virtuoso.
Venda-os, mas venda-os bem, o que quer dizer, nas actuais circunstâncias, com embrulho de luxo, na altura própria e pelo máximo valor possível. Repito: com embrulho de luxo, na altura própria e pelo máximo valor possível!

A OPA sobre o Benfica

Todos os clubes profissionais portugueses, por maioria de razão os três grandes, têm graves problemas financeiros para resolver. O advento das SAD foi o anunciar do fim de um ciclo em que os clubes viviam à sombra das benesses, nem sempre equitativas, que os poderes públicos lhes distribuíam, com o dinheiro dos nossos impostos.
Mas as SAD também trouxeram consigo a possibilidade de os clubes fugirem ao controlo dos seus sócios, para passarem a ser propriedade de magnatas que neles queiram investir. Com o que isso pode acarretar de alteração do sentido de pertença a uma agremiação deste tipo. É que, por enquanto, a principal motivação dos associados é a paixão; se um dia o clube se transformar num simples negócio, a consequência pode ser a perda desse sal que dá vida ao clube e sentido à nossa pertença a ele. Da emoção passar-se-á para a crua e fria razão e tudo perderá piada.
Vem isto a propósito da OPA, segundo os dirigentes do Benfica citados pelo Jornal de Negócios "não hostil", lançada por Joe Berardo sobre o Benfica. Por agora o clube parece que irá defender-se, pois detém, em conjunto com a sua SGPS, mais de 50% do capital da SAD. Até quando? Se calhar até ao momento em que queira finalmente bater o FCP numa contratação e precise de dinheiro para isso...
Esta é uma lição que nós, sportinguistas devemos aprender e da qual não nos devemos esquecer, sobretudo quando o presidente do Sporting anda a propalar a necessidade de venda do capital da SAD para fazer face às dificuldades financeiras herdadas (umas por razões boas – aquisição de património: estádio e Academia – outras por razões más – as más gestões e as dívidas acumuladas).
Esta estratégia pode ser defensável até aos 50,1%, que daí não advirá mal ao mundo sportinguista. Temos de nos opor firmemente a que se ultrapasse essa fasquia.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Gladstone della Valentina

Pode ser que o homem não valha lá grande coisa; apesar de que alguma coisa tem de valer, se não o Dunga não o tinha convocado para a selecção (embora tenha ficado no banco). Pode também ser que tenha havido dinheiros por fora, como nunca chegamos a saber se os há ou não nestes negócios, sendo embora certo que um dos benefícios das SAD é o de as contas estarem mais sob controlo.
Mas um aspecto tem de ser ressaltado, por ser verdade: os jornais só deram a notícia depois de ela vir em letra de forma no site do Sporting.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Paulo Bento

Teci aqui nas páginas do KL, por diversas vezes, elogios a Paulo Bento. Tem óbvias qualidades que justificam esses elogios. O seu papel no Sporting ainda deveria um dia ser convenientemente dissecado. Estou certo que se/quando isso for feito ficaríamos todos a conhecer muitas coisas interessantes e teríamos, sem dúvida, algumas supresas. Cheira-me...
Mas, também critiquei Paulo Bento. Houve duas ou três intervenções dele de que não gostei. Todos temos momentos desses e como ele também tem margem de progressão há-de encontrar maneira de controlar o que diz.
Em todo o caso, considero o balanço claramente positivo.
Paulo Bento renovou com o Sporting. Fico satisfeito. Não renovou por vinte anos, prolongou apenas o seu contrato por mais um ano. Paulo Bento fica, mas como uma espécie de Ferguson a prazo ...
Vamos ver o que vai ser o Sporting 2007-2008 e como vai o Paulo Bento encaixar em tudo isto.
Para mim, tem uma tarefa absolutamente prioritária: manter o espírito da equipa num plano, pelo menos, igual ao que demonstrou na ponta final do campeonato. Não será fácil.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Angariar novos sócios

Numa importante entrevista a "A Bola" (4/6), Filipe Soares Franco refere os seguintes «cinco pontos vitais» no projecto desta direcção para o Sporting:
  • «O primeiro tinha a ver com a redução do passivo para cem milhões de euros, em várias fases. Já começámos e penso que vamos conseguir»;
  • «O segundo era angariar novos sócios, e este ano este projecto terá um grande pontapé de saída»;
  • «O terceiro tem a ver com a estabilização do futebol e penso que está, pelo menos para já, conseguida»;
  • «O quarto ponto previa a construção do pavilhão para as modalidades competirem» acrescentando que «só se pode partir para um projecto como a construção do pavilhão com bases financeiras sólidas, caso contrário é um erro»;
  • «O quinto ponto da nossa estratégia era dotar o clube de organização profissional. Estamos a fazer um estudo de simplificação e a cuto prazo haverão (calinada espero que do jornalista; nestas circunstâncias o verbo haver não tem plural) resultados».

Muito haverá a dizer sobre todos os pontos.
A primeira reflexão é que apenas houve avanços significativos no primeiro e no terceiro, concordando-se embora que eram dois dos mais prementes.
Digo "avanços significativos", mas, no que respeita ao primeiro ponto, não sei se é de lhes chamar avanços, já que eles vão num sentido que me mete muito medo, dado o poder de decisão estar nas mãos em quem está. Sobre este assunto tenho vindo a escrever e continuarei, porque me preocupa muito, mas não é o que agora quero tratar.
O ponto de que quero falar é o segundo.
Então porque é que, quanto à angariação de novos sócios, não se fez ainda quase nada. Não houve tempo? Não houve vontade? Houve preguiça? Ou houve incompetência? A excepção, por mim aqui elogiada, foi o jogo da Taça com a Académica em Alvalade, para o qual se promoveu uma mobilização dos núcleos e se conseguiu uma das melhores assistências da época. Elogiei a iniciativa, mas tive o cuidado de acrescentar: «Esperemos que isto não seja mero folclore; que possa, isso sim, ser um indício de que a nossa direcção começa a dar alguma atenção àquela que é a seiva sem a qual nem sequer haverá clube: os sócios e os adeptos». Qual quê; foi mesmo "mero folclore".
Volto agora a ter a esperança de que as palavras do presidente sejam cumpridas e que «este ano este projecto [de angariar novos sócios, venha a ter] um grande pontapé de saída».
E que não seja só o acto formal de angariar novos sócios, mas também dar-lhes contrapartidas à condição de associados, ou seja, direitos e vantagens de tal decorrentes. Destas eu destacaria a participação efectiva na vida do clube; que não haja mais golpadas do tipo das que levaram à aprovação da venda do património não desportivo, cuja decisão foi passada, à má fila, para o dócil Conselho Leonino.
Como eu dizia no escrito de Dezembro passado atrás referido, à cautela, vou esperar sentado.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

A taça da Liga e o orelhas dos pneus recheados



Foram aprovados os regulamentos da taça da Liga com a única abstenção do clube da Luz, o qual, afinal, sempre vai entrar na prova. Escrevemos aqui que “só se fosse burro é que [o presidente do Benfica] não alinhava”. E ele é certo que é um chico-esperto, mas não tem nada de burro.
As justificações para as tergiversações andaram à volta de coisas tão concretas como "clarificar o que se passa no futebol português", “que o processo Apito Dourado não seja esquecido”, que, quanto ao Apito Dourado, “os regulamentos da Liga da FPF são muito claros”, que “só queríamos que nos provassem que estávamos enganados e provaram. Na realidade, estávamos enganados nalguma coisa, porque a Comissão Disciplinar da Liga está a actuar dentro daquela regra que nós pretendemos, que passa por clarificar tudo aquilo que se relaciona com o Apito Dourado”. Enfim, o costume, ou seja, palha.
Dizendo-se defensor da "transparência" e do "fim das desigualdades", Luís Filipe Vieira disse que algumas equipas deveriam ser impedidas de participar nos campeonatos profissionais. Instado a dizer quais, como de costume, fugiu com o rabo à seringa: “não me compete dizer”. Armado em virgem impoluta afirma que “não pode haver concorrência desleal e eu penso que hoje no futebol existe alguma concorrência desleal”. Como presidente dum clube que reconheceu publicamente os favores que lhe foram conferidos, recomendando em troca o voto dos adeptos num dos partidos que na altura disputavam o poder em eleições, é preciso ter lata para vir dizer isto!
Mas o que não podemos de todo deixar passar são as afirmações que este sonso, também ele apanhado nos arranjos de árbitros pelas escutas da PJ, fez a propósito de o Sporting também ter pedido celeridade na investigação do processo apito Dourado, na sua vertente estritamente desportiva: “Fiquei bastante feliz pelo facto de o presidente do Sporting ter tido essas afirmações. Só tenho pena é que tenha falado apenas no fim do campeonato, já depois de ter vencido a final da Taça de Portugal. Se eu estivesse calado provavelmente hoje seria campeão".
Eu diria que quando ele não está calado é que se arrisca a ser campeão: do ridículo, claro. Então, meu demagogo (esta é para aquele ignorante julgar que estou a chamar-lhe um impropério qualquer), quer dizer que, tadinho, não perdeste o campeonato e a taça dentro do campo, porque tens uma equipa medíocre e um treinador cinzentão? Que estás à rasca de massas, as acções vêm por aí abaixo e ninguém te compra os Betos e os Moretos? Esse é um discurso para fora ou para dentro; para os teus adeptos te darem mais uns tempos de confiança, apesar do negrume que aí vem?

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Estereótipos

Mão amiga fez-me chegar este link para um video do Youtube com um sketch do Herman José sobre famílias disfuncionais do Sporting e de um outro clube, de cujo nome não me consigo lembrar neste momento. Não sei exactamente de que programa se trata, nem quando terá sido transmitido.
Neste sketch o humorista tenta recriar a figura do adepto típico do Sporting e do tal outro clube. O enredo, em si, é semelhante em ambos os casos: um pai de família chega a casa depois de um jogo do respectivo clube e a família aguarda-o para jantar. No caso do retrato do adepto do tal outro clube vemos um tipo boçal, vestido com um fato de treino, bronco, bêbado, violento, que bate na mulher e nos filhos e destrói a casa depois de uma derrota. A casa, por sua vez, está pintada de vermelho e os símbolos do clube são evidentes por todo o lado. No caso do adepto do Sporting, é gente "bem", que se trata por "você", o adepto está vestido com um pulôver verde, tem modos "finos", as roupas da mulher e dos filhos são da moda, não há símbolos evidentes do clube à vista. Em destaque apenas um discreta foto do Visconde de Alvalade. O ambiente "sportinguista" é fino, mas estranhamente mmm... escasso!
Estas coisas valem o que valem, evidentemente e estereótipos são isso mesmo, mas creio que há leituras que se podem fazer deste sketch que me interessam sob o ponto de vista do Sporting.
Ao "sportinguista" falta agressividade e sobram maneirismos no tratamento. É notória a ausência de símbolos do clube na casa e o mais destacado é o do Visconde. Tudo é superficial. As relações inter-familiares são distantes.
O outro adepto é, em tudo, o oposto deste.
Trata-se de uma caricatura, naturalmente, mas como todas as caricaturas terá traços correctos e encerrará uma visão que a sociedade tem destes dois clubes.
Quem se identificará com esta versão "benzóca" do Sporting? Faço um esforço de memória e tento rever os momentos em que o Sporting veio para a rua comemorar as últimas vitórias nos campeonatos, as grandes jornadas de confraternização sportinguista nas finais das Taça de Portugal, o ambiente à volta do estádio nos dias (raros) em que os jogos se realizam em horário decente. Tento lembrar-me do modo como os meus parceiros Sportinguistas se comportam em relação ao seu Clube, que símbolos ostentam, como se comportam. Nada disto corresponde ao retrato traçado por Heman José, no que respeita ao Sporting.
O Sporting que conheço é um clube nacional, popular, cujos membros se distinguem, na generalidade, por uma uma elevada postura moral e civil. Os Sportinguistas distinguem-se, de facto, mas porque são melhores que os outros. Conheço poucos Sportinguistas que não tenham um qualquer traço de elevação de carácter. Não conheço Sportinguistas, sejam agricultores, operários, empresários, estudantes, velhos, novos, homens, mulheres, que se reclamem do Sporting para parecer bem. Mas, conheço uma enorme quantidade que é do Sporting porque é gente de bem!
Lembrei-me ao ver este video das palavras do presidente do Sporting na última AG realizada no Pavilhão Atlântico. Dizia ele que para ser do Sporting é preciso ter disponibilidade financeira. Se calhar, foram esses sportinguistas, que aparentam ter essa disponibilidade económica para aguentar o sorvedouro que é ser adepto do Sporting, descaracterizados e armadões, que na realidade se interessam pelo Clube dia sim, dia não, e que deixaram chegar o SCP à triste situação de agremiação de segunda categoria, falida e devedora. Mas, adivinho que, esses, se devem ter rido com a piadinha do Herman e que se sentem identificados com o boneco...
Estas coisas, repito, valem o que valem, mas eu, por mim, sinto-me incomodado.

terça-feira, 5 de junho de 2007

A venda de Nani: um bom negócio


Para encetarmos a discussão sobre se a venda de Nani foi ou não um bom negócio debrucemo-nos em primeiro lugar sobre as regras do jogo, isto é, as leis do mercado. Os contratos entre os clubes e os jogadores são feitos com o estabelecimento de um salário, o montante duma cláusula de rescisão, e um período de validade. Em princípio o salário é tanto maior quanto o montante da cláusula de rescisão e esta existe na tentativa de blindar a venda do jogador em causa até esse montante. Uma promessa de não vender tem, pois, de ser entendida como uma não colocação do jogador no mercado, isto é, a não tomada de uma atitude pró-activa no sentido dessa venda. Num caso em que isto aconteça, a primeira consequência será a de que não haverá lugar ao pagamento de qualquer comissão na venda por parte do clube vendedor, pois não demonstra interesse na venda. Mas, como é óbvio, havendo quem cubra o montante da cláusula de rescisão, e havendo acordo do jogador, não há nada a fazer se não vender.
A venda de Nani constituiu o negócio mais vultoso de sempre envolvendo jogadores do Sporting. Foi vendido por muito mais dinheiro do que Cristiano Ronaldo. Sendo a cláusula de rescisão de 20 milhões, o jogador foi vendido por mais 5,5 milhões. Estes factos só por si, deveriam acabar com a discussão; mas como não acabaram, analisemos o resto.
Nas contas comparativas com a venda de Anderson pelo Porto, não restam dúvidas de que saímos a ganhar. Assim, e segundo o Record de 1/6, dos 30 milhões que o MU deu por Anderson, 6 foram para a Gestifute e, tendo o Porto investido 8,5 no jogador, o lucro bruto foi de 15,5 milhões; dos 25,5 milhões que o MU deu por Nani só 5% foram para o Real Massamá, sendo 24,225 milhões o lucro bruto do Sporting.
Aqui não estão considerados os custos de formação de Nani na Academia do Sporting, portanto passemos a analisá-los. O moço entrou para a Academia aos 15 anos, vindo do Real de Massamá. Portanto esteve lá em formação durante 2 anos. Os outros 2, até hoje, foram passados com a equipa principal, onde ele vencia um ordenado (cerca de 11 mil euros) que era dos mais baixos do plantel: recebia, por exemplo, menos cerca de 23 mil euros por mês que Farnerud e jogou dez vezes mais tempo no campeonato. O ordenado de Nani só era possível por ele vir da formação interna; é sabido que os jogadores vindos dos juniores ficam a ganhar um ordenado impossível de dar a qualquer futebolista que tenha vindo de outra equipa (como o exemplo de Farnerud confirma). Por estas contas, mesmo que a formação de Nani tivesse custado o balúrdio de 23 mil euros por mês nos dois anos que durou, esses teriam sido compensados pelo que o rapaz não ganhou nos dois anos em que esteve com o primeiro team. Nesta lógica nada haveria a deduzir. Mas as contas reais serão fáceis de fazer recorrendo aos prejuízos declarados da Academia (elementos a que agora não tenho acesso). Imaginando que a Academia deu um prejuízo de 5 milhões de euros (número propositadamente exagerado) durante as épocas em que Nani lá foi formado, mesmo dividindo este montante pelos 5 jogadores dessa fornada de formação que esta época fizeram parte da primeira equipa, a formação de Nani teria custado 1 milhão de euros. Logo o lucro teria sido de 23,225 milhões, muito mais que o que o Porto ganhou com Anderson e do que o Sporting ganhou com Cristiano.
Fazendo um parêntesis sobre a gestão da Academia, sempre devo dizer que esta tem receitas próprias e, como projecto de gestão, não faz sentido que apresente prejuízos; se apresenta, não devia apresentar, se a gestão fosse como devia. Além das receitas dos torneios de captação e dos estágios remunerados, a Academia devia receber uma espécie de “transferência” dos jogadores que se afirmam na equipa principal, ou uma percentagem das efectivas transferências destes para outros clubes; assim seria obrigatório que a Academia tivesse autonomia financeira, se auto-sustentasse e não fosse um encargo para o clube. Se, por exemplo e para facilitar, neste caso tivesse havido uma percentagem a título de formação a receber pela Academia igual à que recebeu o Massamá, estaríamos a falar de 1.775.000 euros e o lucro da venda de Nani teria sido de 22,5 milhões de euros.
Para terminar poderíamos ver quais seriam as alternativas a esta venda. A única possibilidade teria sido já estar assinado um novo contrato com o jogador. Segundo os jornais o Sporting queria subir a cláusula de rescisão para 30 milhões, com um significativo aumento de salário; pelo que veio a lume Nani quereria um salário perto do de Liedson. Na hipótese de este contrato já estar assinado, e caso o MU estivesse disposto a largar os 30 milhões, o Sporting encaixaria mais cerca de 4 milhões. Mas se o MU não cobrisse aquela verba arriscar-nos-iamos a ficar com o jogador mais uma época a ganhar um balúrdio. E com a cabecinha que ele tem, não sei se não seria um grande risco...
A oposição à direcção do Sporting não deve, quanto a mim, ser feita de forma silogística; tipo “a direcção é má”, “a direcção vende”, logo “a direcção vende mal”. A minha oposição não incide tanto sobre factos isolados, esta ou aquela atitude, esta ou aquela medida (embora também me atire a ela quando acho que tal aontece), mas sobre o modelo de gestão e o rumo que a instituição Sporting está a tomar. Como expressei num comentário «a minha oposição ao modo de gerir o Sporting prende-se com o rumo que FSF parece pretender para o clube: descapitalizar este em favor da SAD, transferindo para esta o património real (estádio, Academia) para tornar mais apetecíveis as acções a pôr no mercado; até aos 51% numa primeira fase, para depois convencer os sócios de que o controlo é possível com uns trinta e tal por cento, assim abrindo a porta a um qualquer camone cheio de papel ou a um russo que pretede fazer uma lavagem de dinheiro».
No caso da venda de Nani não me parece que possa haver dúvidas de que foi um excelente negócio para o Sporting. Como, aliás, é do interesse dos bancos credores, ao serviço dos quais, como sempre tenho dito, pode ser que a direcção do Sporting não esteja; mas lá que parece que está, parece.

sábado, 2 de junho de 2007

Mau negócio

Já aqui por diversas vezes exprimi a opinião sobre o valor das SAD. O futebol nacional é um poço de problemas e parte desses problemas tem as suas raízes nos problemas dos clubes. As SAD foram introduzidas como forma de ajudar a solucionar os problemas dos clubes, mas torna-se cada vez mais claro que, ao contrário do que seria de esperar, a solução virou problema. Embora haja certamente quem tenha tirado vantagens desta situação...
Um trabalho da Lusa, reproduzido hoje pelo Público, diz claramente: as SAD são um mau negócio em bolsa!
Os defensores do conceito das SAD devem refletir profundamente sobre esta conclusão.
Citando um administrador da FCP SAD, o referido artigo lembra que as SAD "não têm conseguido saber atrair investidores porque não tem conseguido equilibrar as despesas em função das receitas", daí "não gerarem lucros nem distribuirem dividendos." As SAD são um mau negócio e este há-de saber do que está a falar...
Claro que na génese de todas estas dificuldades está o carácter especial destas "empresas" que são os clubes de futebol, o seu "produto" e a clientela, real e potencial, que visam. Não é necessário ser gestor ou economista para perceber isto. A transposição mecânica de fórmulas utilizadas no universo empresarial para o universo dos clubes só pode conduzir a um rotundo fracasso.
Eu, aliás, gostava de ver certos gestores (que gravitam entre o universo empresarial e o universo desportivo) em acção nas suas empresas e comparar as suas decisões num e noutro caso... E gostaria de poder avaliar o grau de tolerância que, também num caso ou noutro, existe por parte dos accionistas para com as decisões de gestão tomadas segundo as regras do universo empresarial e do universo desportivo. Deve ser lindo...
Os clubes necessitam de boas regras de gestão, é certo, mas a sua aplicação não depende de qualquer enquadramento institucional especial. Nada impede os clubes, no quadro da sua organização tradicional, de as aplicar. A criação das SAD veio apenas criar mais um elemento de perturbação, numa atmosfera já de si profundamente perturbada. "Habituadas a viver acima das suas posses, as SAD vão acumulando prejuízos, que tentam disfarçar anualmente com a venda dos passes de um ou outro jogador, tornando-se ainda menos atractivas aos olhos dos investidores", nota o articulista. No caso do Sporting, recorde-se, a SAD multiplicou por quatro o défice que o Clube trazia da gestão Cintra... A receita proveniente da venda de Nani não passou (as palavras são do presidente da SAD...) de um "balão de oxigénio."
Na minha opinião, seria útil criar um estrutura totalmente profissionalizada ao nível supra-clubístico (uma Liga de verdade, organizada em moldes sérios...), mantendo os clubes as suas estruturas tradicionais. O que não podemos continuar a ter é administradores de massa falida travestidos de gestores, nem travestis de associações "empresariais", administradas por travestis de dirigentes desportivos, como é o caso da LPFP.
Eu voto não à Sporting SAD! E voto sim à implosão da actual Liga...