A estratégia do Sporting em relação a esta época tinha, junto com outras, uma componente essencial: a capacidade goleadora de Liedson. Como se sabe este, estranhamente, tem andado arredado dos golos, coisa em que costumava ser especialista. O jogo com o Setúbal não foi conclusivo quanto à ultrapassagem do período de crise da equipa, dada a fragilidade demonstrada pelo opositor. Não se ficou com a certeza sobre a melhoria da equipa e de Liedson, apesar dos dois golos deste.
O jogo contra a Académica trouxe, quanto a esta questão, boas e más notícias ao Sporting e seus adeptos.
Querem que comece pelas boas ou pelas más? Pelas más? Não, pensando melhor, vou atender à cronologia dos acontecimentos e começar pelas boas: Liedson voltou a resolver! Isto na primeira parte, porque na segunda, e aqui é que vêm as más notícias, voltou ao costume desta época e falhou 3 ocasiões soberanas.
Algo se passa com ele. Alguém me diz que é porque vive separado da família que está no Brasil. Talvez esta razão do foro pessoal contribua, não sei. Mas (agora que Moutinho joga na posição em que mais rende, assim se garantindo um melhor municionamento), a falta de capacidade do avançado que joga a seu lado (Bueno, e depois Alecsandro, neste jogo) parece-me uma evidente explicação, interior ao próprio jogo, para a falta de rendimento goleador de Liedson.
Não me parece, volto a dizer, que seja de pôr em causa o esforço dos atletas do Sporting; não perfilho a opinião de que “os gajos não correm”. Bueno incluído: ele esforça-se e entrega-se ao jogo. Mas não tem qualidade para o Sporting.
A questão está nos reforços de Janeiro, que se apresentam vitais se quisermos competir pela vitória no campeonato (pelo menos pela garantia do acesso directo à Liga dos Campeões).
Um bom avançado, para jogar ao lado de Liedson, já!