sexta-feira, 25 de abril de 2008

Poeira para os olhos?

Ultimamente temos vindo a assistir a um conjunto de "aquisições" para os quadros do SCP que me (nos) deviam deixar satisfeito(s), mas que, ao contrário, me suscitam algumas interrogações e me deixam inexplicavelmente inquieto...
Aqui há algum tempo foi anunciada a colaboração de Tomás Morais, o seleccionador nacional de râguebi. Ontem surgiu o nome de Sá Pinto. Significativamente, a vinda destes nomes para o universo Sportinguista faz logo, com toda a facilidade, capa dos jornais.
Não estando em causa o estatuto destas figuras, nem o seu valor técnico e desportivo, quer-me parecer que a política de contratações e a estratégia de "profissionalização" do Sporting (ainda ontem referida pelo presidente do Sporting numa notavelmente esclarecedora entrevista à RTP 2) visa mais fingir que se está a atacar os problemas do que resolvê-los de facto. O que podem fazer, por si sós, Tomás Morais ou Sá Pinto se quem manda, quem assina os cheques ao fim do mês, não tem rumo?
Fosse eu mauzinho e diria que estas, como outras figuras que venham porventura a surgir, parecem mais instrumentos de uma manobra de lançamento de poeira nos olhos dos Sportinguistas, do que de um plano coerente de "profissionalização" das estruturas de trabalho...
A sua notoriedade não substituirá nunca uma visão estratégica que, no caso do Sporting, é (sublinhado!) totalmente inexistente. Não se pode fazer omoletes sem ovos e não são estes nomes que vão trazer os ovos que o Sporting necessita. Quer-me, pois, parecer que à falta de uma política coerente para o Clube, os dirigentes actuais enveredaram por uma estratégia tipo "caras-notícias", na esperança de que uns quantos nomes mais notórios (nalguns casos com ressonância fácil nos corações Sportinguistas) mascarem as suas próprias limitações e uma administração à bolina.
Quem virá a seguir? A Madonna...?