terça-feira, 2 de maio de 2006

sem título


(Foto de Chris Johns do National Geographic)

Venha o futuro, apesar de tudo...

Caros companheiros de bancada,

A vida não se afigura fácil mas como eu sou um optimista inveterado, não há nada que me deite assim tanto abaixo. (exceptuando o golo do Coisão a 8 minutos do fim do jogo na luz no ano passado que ainda me atrapalha o apetite e o sono mas tenho que aprender a viver com isso).
O resultado das eleições foi para mim absolutamente esperado. Fui votar por mero dever cívico às 21:59 consciente de que apenas atenuaria o unanimismo e isso mesmo comentei com o Master após ter colocado o boletim na urna.
Espero que o termo se resuma a uma mera coincidência e que o facto de 75% dos associados terem votado em FSF colocando resmas de boletins em “urnas” não signifique o enterro do clube.
Como vos disse, sou um optimista e creio que os cenários mais pessimistas Não Passarão.
Não sinto sequer que tenha votado Bem porque a convicção era escassa.
A ideia de que o passivo se combate elevando o número de sócios para os 150.000 como se isso se fizesse por Acto Administrativo ou “apostando em África” demonstra bem a fragilidade e inconsistência das propostas apresentadas pela oposição.
E por outro lado, muitos dos opositores estavam afinal apenas interessados nuns minutos de exposição mediática: Dias Ferreira passou de opositor a mendigo de umas migalhas do poder e de um lugarzito qualquer; João Rocha passou de adversário feroz disposto a apoiar terceiros ou mesmo a avançar em caso de deserto de alternativas para uma posição de total passividade em que nem apoiou ninguém nem criou ou apontou alternativas (parece que tudo não passou de uma tentativa de ajuste de contas pessoais entre ele e Roquette, com acusações graves, ameaças de tribunais e todo um carrossel de poucas dignidades).
Jorge Gonçalves passeou o seu bigode vip como se memória não houvesse e como se de um colunável se tratasse, sempre com direito a uns segundos de transmissão na tv, e passamos a ter um Espírito Santo como vice-presidente do Conselho Fiscal (elucidativo, não?).
Enfim, resta-nos a esperança de que melhores dias virão e de nos compete a todos estar vigilantes para que os caminhos a seguir não afastem ainda mais o clube de quem o ama.
Nesse sentido, a decisão do nosso Master de não ficar a jogar por fora saúda-se e agradece-se.
A equipa escolhida para o futebol profissional não é amadora e já demonstrou poder aproveitar oportunidades e a época futebolística pode de alguma forma salvar-se com a entrada directa na Champions.
O Liedson pode ainda passar o Coiso Gomes na lista de melhores marcadores o que também não é despiciendo.
Quando era mais novo, assisti a muitos jogos de última jornada em que ficávamos em terceiro e mesmo assim a Juve invadia o campo e fazia a festa. Porque o futebol tem que ser sempre festa.
Se desta vez ficarmos em segundo à frente dos coisos e com os dois pés na Champions, acho que nos podemos e devemos oferecer um bife à antiga, com dois litros de molho de manteiga a pingar numa cervejaria qualquer (isto depois da inevitável cervejola no Espírito Santo da Beira Alta).
Porque o Sporting será sempre festa, e porque os amigos serão sempre uma festa.
Por causa dos amigos temos que papar uns casamentos, uns baptizados, umas despedidas de solteiro, mas volta e meia aparece um funeral na agenda; é o preço a pagar e não é por causa disso que vamos deixar de ter amigos só para não correr o risco de uma desilusão.
A mesma ideia me ocorre com o Sporting; vejo o clube como parte da minha família e não fugirei a nenhuma das suas liturgias, das mais alegres às mais tristonhas.
Vê-mo-nos na matinée de domingo, com sol e tudo. O futuro é tão brilhante que no próximo domingo até vamos à bola de óculos escuros, eh eh
Viva o Sporting!


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Mesmo que não queiram para vós podem sempre espalhar a notícia; podem ajudar alguém a arranjar um Lugar de Leão e ajudam seguramente o Marco.