quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Só?

A informação disponível diz que estiveram em Alvalade cerca de 30.000 espectadores. O número merece reflexão. Ou o negócio das "game boxes" não correu tão bem como previsto, ou os adeptos, pobres criaturas, preferem a emoção de um jogo transmitido pela tv ou a política de preços dos jogos em Alvalade está totalmente errada.

3 comentários:

  1. O problema é que o negócio das "Gamebox" previligia os sócios com mais poder de compra. A SAD prefere o encaixe imediato com a venda de lugares de época, que ainda por cima são os mais caros do país. O preço que o Sporting "paga" é que assim o estádio raramente esgota. Daí os tais 30 mil de ontem, para além de outras assistências muito desapontantes em outros jogos grandes no passado, nomeadamente em toda a campanha que nos levou à final da Taça UEFA.

    Goste-se ou não, os adeptos com mais poder de compra são também os mais comodistas, e porventura menos fervorosos. Muita gente compra uma "Gamebox" e poucas vezes vai ao estádio. Eu tenho um lugar na A01 e há lá lugares ao pé de mim que raramente são preenchidos, e quando o são, não são ocupados sempre pela mesma pessoa. O que significa que são muitas vezes emprestados, muitas vezes até, desconfio, a adeptos dos nossos rivais, quando o Sporting joga com o Porto ou o Benfica...

    Depois, em jogos grandes, há sócios que querem bilhetes e não conseguem, porque mais de metade de Alvalade já está vendida, mas em contrapartida o estádio tem clareiras enormes porque muita gente que tem lugar de época não aparece.

    Eu lembro-me que no antigo estádio se passava um pouco o mesmo com a Bancada Nova, que tinha sempre muitos lugares vazios por causa dos detentores de lugares cativos que nunca apareciam. Mesmo assim o antigo Alvalade tinha uma composição humana mais interclassista que o actual, devido aos bilhetes serem muito mais acessíveis que agora, principalmente para os sócios. Isto claro no tempo do Sousa Cintra, porque com os "queques" do projecto tem sido sempre a abusar.

    Acho que se devia encontrar uma solução que permitisse uma maior rotatividade dos espectadores em Alvalade. Por exemplo, aplicar um sistema aos jogos do campeonato semelhante ao que têm direito os detentores de "Gamebox" para os jogos da Taça de Portugal e das competições europeias (a eliminar). Ou seja, fazendo com que o sócio tenha direito de preferência para o lugar, mas que tenha de o exercer uns dias antes, pagando o lugar jogo a jogo. Assim, o clube assegurava que não ficavam tantos lugares vazios. Eu sei que isto é um bocado complicado, mas o que é certo é que é desprestigiante para o Sporting não conseguir encher Alvalade nestes jogos. Eu então já não posso com as bocas dos lampiões...

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  2. Há uma política de criação de receitas no Sporting, uma pressa em encher o cofre seja lá como for, que na minha muito humilde opinião (não sou de gestão e só faço gestão do meu salário...) tem revelado precipitação, desrespeito e, não raramente, corresponde a tiros no pé. Não me parece que o Sporting seja um produto passageiro, enquadrável em campanhas efémeras e mais ou menos folcóricas. A teoria da actual direcção de que o adepto do Sporting tem de ter (mais) disponibilidade financeira é uma aberração tão grande e um erro estratégico tão grave que até me faz duvidar que as pessoas que assim pensam tenham feito mais do que a escolaridade obrigatória... E admiro-me como ainda vai gente ao estádio.
    É o Sportinguismo... Mas há limites!

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  3. lionheart, a questão de me porem a o lugar à venda, já existe.
    Este ano, comprei a box (não sei se devo referir BWIN sem que o Sporting apanhe um castigo) liga sem os jogos da LC. Porque estava à espera de um grupo mais fraco, porque o dinheiro a todos custa a ganhar.
    No Sporting o que fizeram foi mandar-me o meu lugar a 35 euros e era se quizesse.
    Fiquei indignado, 35 euros não se pedem aos sócios que ainda por cima têm gamebox!
    35? É um insulto!

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