Importa situar o problema da arbitragem do futebol dos escalões principais no terreno supra-clubístico. Da arbitragem se exige que seja isenta e competente. Nenhuma destas exigências constitui matéria do domínio da metafísica. Aliás, um dos pecados originais da arbitragem é justamente o de pensar que ela é mais do que é. Os árbitros têm de apitar e bem. Sem enganos, de forma imparcial e tecnicamente correcta. A função, é bom que se lembre, é de entre as que estão envolvidas no universo do futebol de topo a menos exigente e de mais fácil execução. A arbitragem só é assunto porque os seus agentes fazem dela assunto. De outra forma tudo isto passaria ao lado. Os árbitros não são, nem nunca serão "vedetas" da bola.
O que se tem vindo a passar neste começo de época em matéria de arbitragem em Portugal é absolutamente inadmissível e totalmente indesculpável. Depois de passarmos por um período de enorme turbulência com os problemas de suspeita de corrupção conhecidos (que exigiriam agora dos responsáveis cuidados redobrados), depois das promessas solenes e das demonstrações pirotécnicas a que assistimos na pré-época, o que sobrou foi este triste festival que têm sido as actuações dos árbitros, as suas reacções e a conversa perfeitamente lamentável dos responsáveis da arbitragem.
Um espetáculo verdadeiramente triste este a que somos forçados a assistir reiteradamente todos os fins de semana, feito de um patético desfile de "casos" e de um comportamento dos agentes do sector que não pode deixar de causar senão um enorme sentimento de apreensão.
A situação exige uma tomada firme e urgente de medidas por parte dos clubes. A LPFP não resolveu nenhum dos problemas da arbitragem. Há que reconhecer isto e atribuir responsabilidades. O senhor Vítor Pereira e o senhor Hermínio Loureiro são incompetentes e não merecem ocupar os lugares que ocupam. A arbitragem exige um outro arcaboiço, uma outra disponibilidade, uma outra postura e um outro saber que estes senhores obviamente não têm.
Já se percebeu tudo isso perfeitamente. Agora há que agir.
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