sexta-feira, 13 de junho de 2008

"Eu queria matar!"


Ao fim de uma série de jornadas de futebol com bastante emoção, com bons jogos e com muitos e bons golos, aconteceu finalmente algo de absolutamente espantoso, que nos remete para o lado verdadeiro de todo o universo do futebol. O primeiro ministro polaco Donald Tusk declarou só isto: "Como primeiro ministro tenho de ser ponderado e moderado. Mas ontem à noite estava bastante diferente face ao que se estava a passar. Eu queria matar. Os árbitros cometem erros e este foi obviamente um erro que nos prejudicou a todos."
Tentem lá arranjar uma explicação "racional" para tudo isto!
Ainda bem que a selecção polaca não está na Bolsa de Valores e que os dirigentes políticos polacos não estão sob a alçada do CD da LPFP...

9 comentários:

  1. Na irracionalidade, na bestialidade pura, não há racionalidade que possa explicar o que não tem explicação, porque pertence ao mundo da animalidade.
    Este senhor, como todos os que o acompanham, carecem de cuidados médicos urgentes, que só um psiquiatra pode fornecer.
    Para além de traços evidentes de esquizofrenia, o senhor cataliza os problemas diários para aquele momento, que serve como mola detonadora das suas impotências e frustações.
    Felizmente o futebol não é isto, se bem que haja para aí muito papagaio a querer que ele seja emoção irracional.
    É só ler as anedotas dos narcisicos Luis Freitas Lobo e Rui Santos, para percebermos que leram muito, mas sabem pouco e, pior, ainda não entenderam o jogo.

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  2. Eu diria que o futebol ainda não é que o Orlando e o Filipe queriam que ele fosse. Um negócio, sem espaço para a emoção. Um monte de pessoas bacteriologicamente puras, provavelmente a ver o jogo de fatinho Armani e gravata...É por isso que os socios do Sporting incomodam tanto o Orlando e o Filipe. E é por isso que querem acabar com o Sporting dos socios. Que só incomodam...

    O polaco não vai matar ninguém. Como nós, possuidos de irracionalidade, durante um jogo também não matamos ninguém. Apenas damos azo incontroladamente á paixão do futebol.E olhe que eu venho o jogo com uma emoção louca e nunca tive problemas com ninguém em estádio nenhum!

    Porque é que o Orlando não escolhe um desportinho mais elitista, assim do tipo golfe ou equitação, para não ter de levar com selvagens e bestas como eu ou o polaco? Nós que precisamos de psiquiatra. Mas com certeza que uma personagem tão elitista e bem relacionada como sua Excelencia me pode recomendar um dos bons!

    Já agora, li o seu comentário a um outro post e gostava de lhe perguntar o que tem Pedro Venãncio a ver com o que quiz demonstrar...

    Quanto a Inácio e Peixe, os seus contratos tinham caducado...

    Já quanto a Morato, eu conheço a historia da saída dele, contada pelo pai e tinhamos muito para falar sobre isso...

    Cumporimentos de um papagaio irracional para uma eminência da nossa sociedade, o Orlando!

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  3. De facto, não se percebe muito bem o que o amigo Orlando anda para aqui a dizer e onde é que ele quer chegar.
    Ontem escrevia que eu cheguei há pouco tempo ao Clube, mas afinal os exemplos de jogadores que ele cita são todos de há menos de 30 anos para cá, precisamente quando estávamos todos a começar a ver que tudo isto ia acabar mal, e que ninguém ia intervir. Os males do Sporting vinham já de trás e permitiram que mais tarde este problema se começasse a sentir.
    O Sporting tem mais de 100 anos. Fui eu que cheguei há pouco ao Clube...?
    Ó Orlando explique-se lá que a gente assim não se entende!

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  4. Não sei onde é que li que o futebol está para os tempos modernos como as guerras estavam para os tempos mais antigos. Não falo de guerras como a do Iraque, Vietname ou Coreia, mas de guerras constantes existentes em algumas partes do globo e que, por exemplo, a nossa Idade Média era fértil. Assim os dois exércitos (equipas) confrontam-se numa batalha (jogo) e no final há quem ganhe a guerra (campeonato) tendo direito aos troféus e terras (taças, dinheiro e cotação como equipa e notoriedade através das presenças na Champion’s). Os adeptos adquirem por sê-lo uma maior noção de pertença a um grupo com o qual se identificam (como outrora as diferentes tribos) e o que querem é ganhar as batalhas, se possível com a aniquilação do “inimigo”, esmagando-o no resultado, quer na forma de consegui-lo (jogo perfeito). Assim a conflitualidade natural ao homem é transposta para o campo de jogo, o que convenhamos é muito melhor que andarmos todos “à batatada”.
    A paixão que pomos no seguir a nossa equipa (tribo) é enorme e fonte de satisfação e prazer pelas vitórias e pelo agradável que é encontrarmos outros que gostam como nós do clube.
    O estádio é assim um palco para exteriorizar a nossa natureza humana nesse contexto, daí que não se pode levar a sério a expressão “eu queria matar” pelo menos no seu sentido literal, o que o PM polaco quereria dizer era talvez “gostava de estar em campo com a equipa para dar cabo daqueles alemães…e já agora em primeiro lugar aquele xjx???!!!rrrggg do árbitro”

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  5. Caro Luís,
    Nem eu, enquanto simples adepto apaixonado disse alguma vez a alguém que "me apatecia matar o árbitro" (embora já tenha visto gente a dizê-lo e a quere-lo de facto), quanto mais um primeiro ministro de um país!! As implicações políticas, diplomáticas, etc, etc, etc, de uma boca destas são (devriam ser) enormes. Mas, como é futebol a malta perdoa...
    O meu ponto aqui era apenas o de chamar a atenção para os excessos da bola que atingem todos. E que a todos passam ao lado. Mas, atingem! E passam ao lado!!

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  6. Eu gostava ainda de fazer uma adenda ao meu comentário anterior. Os grandes exemplos de violencia real associados ao futebol não têm nada a ver com este excesso de paixão,às vezes verbalizado de forma excessiva.Têm a ver com outros fenómenos (apropriação por grupos nazis,paramilitares,gangs, etc) e quem as pratica geralmente não está sequer interessado no jogo!

    Os outros,os da paixão, podem cometer excessos,mas por regra geral não estão de todo associados a fenómenos reais de violencia. Provavelmente,porque amam o jogo, estão interessados é na bola e os seus excessos são canalizados pela via verbal!Ás vezes de forma excessiva,mas nós somos animais de emoções e quando deixarmos de o ser,alguma coisa está mal.Sem emoções só conheço as máquinas.A emoção deve ser temperada com a razão,mas a razão também tem de ser temperada com a emoção.

    Eu perdoo,aceito e compreendo estes excessos,porque não quero um futebol asseptico,vendido nas TVs tipo Hamburger da McDonalds com batatas fritas.Não queremos ir para o futebol com um saco de pipocas na mão,ou queremos?

    Quanto ao comentário do Luis Ferreira, penso que é perfeito!

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  7. O António Damásio fala justamente dessa questão da emoção e da razão. Não são incompatíveis e, pelo contrário, tudo indica que caminham mesmo lado a lado.

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  8. Se o PM polaco fosse portugues, o que diria daquele arbitro austriaco que ontem apitou o Suíça-Portugal?

    Entre o erro e a intenção vai uma diferença brutal e tantos erros crassos sempre para o mesmo lado não podem ser só coincidencia. Ou podem?

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  9. "A paixão que pomos no seguir a nossa equipa (tribo) é enorme e fonte de satisfação e prazer pelas vitórias e pelo agradável que é encontrarmos outros que gostam como nós do clube."

    Só para dizer que esta frase do Luis Ferreira é perfeita. Resume exactamente aquilo que eu sinto relativamente ao Sporting e, no fundo, o que qualquer verdadeiro adepto sente pela equipa do seu coração!


    "O erro de Descartes". Livro onde António Damásio, explica, com exemplos reais incluidos, o porquê da razão e emoção andarem lado a lado. Nenhum ser humano consegue raciocionar ou tomar decisões "lógicas" dissociando uma da outra!

    Gde abraç e SL!

    Já agora se me permitem: VIVA PORTUGAL!

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