Como aqui tenho vindo a defender a instabilidade da equipa de futebol do Sporting deve-se principalmente a duas ordens de factores:
- A juventude do conjunto de jogadores, nomeadamente os da zona fulcral do meio-campo;
- A qualidade das contratações que era para acompanharem e darem enquadramento a esse conjunto de jovens, e se verificou serem uns cepos que, em vez de fazerem parte da solução, acrescentam ao problema.
Neste negócio de grande risco (porque se baseia em talentos e humores de miúdos de vinte e poucos anos) os “prognósticos só se devem fazer depois do jogo”. Arrisco, contudo, que nesta fase final da época a equipa parece ter ganho uma capacidade mental que até agora aparecia por vezes, outras vezes não. É um facto que ao longo da época tanto os jogadores como o próprio treinador ganharam uma experiência que talvez se possa agora traduzir em resultados.
Os adeptos que andam constantemente a dizer que o Ricardo é um frangueiro e o Polga um enterra, deviam adoptar uma leitura mais menos estática das coisas, procurando acompanhar o dinamismo próprio da realidade. As equipas evoluem mesmo ao longo da mesma época e o que é facto é que a nossa parece estar agora mais consolidada. Reparem por exemplo que o Sporting já é a defesa menos batida da Liga.
O responsável principal por esta aquisição de mentalidade é o treinador Paulo Bento, de quem vem a afirmação: “Podíamos, porventura, ter matado o jogo mais cedo, mas gosto de ganhar por 1-0. Prefiro ganhar por 1-0 do que por 5-4. Denota maior concentração e maior organização”.
Eu não tenho a suficiente convicção para apostar que vamos ganhar o campeonato; mas será que os sportinguistas detractores das capacidades do treinador apostam que não vamos ganhá-lo?
Os adeptos que, no nosso estádio, se entretêm a assobiar alguns jogadores dificultam essa possibilidade. Não é por acaso que a equipa tem esta época piores resultados em casa do que fora. É porque se é verdade que, como diz Master Lizard “o triste palmarés do Sporting não é resultado dos assobios dos adeptos”, mas sim da “actuação desses agentes que têm canibalizado o Clube ao longo de todos estes anos, que (com bastantes e honrosas excepções é verdade!) têm servido mal e se têm servido (à fartazana!) do Sporting”, não é menos verdade que os assobios, pondo o(s) visado(s) a jogar sobre brasas, não ajudam a ganhar campeonatos.
Talvez seja verdade que, com escreve o Leão da Estrela, “os momentos autofágicos do Sporting têm motivos no próprio interior do clube” e não, como insinuou o Record, nos adeptos que postam nos blogs. Ou, como escreve o Sporting no Coração, “se os assobios continuarem, ficamos a saber que a pandilha do costume, aqueles que usando os mesmos métodos expulsaram Dias da Cunha, estão a preparar-se para embolsar mais uns milhões com a venda do Custódio e do Nani”.
O meu apelo vai para o adepto anónimo, no sentido de não se deixar ir nesta onda; ela só prejudica o Sporting.
- A juventude do conjunto de jogadores, nomeadamente os da zona fulcral do meio-campo;
- A qualidade das contratações que era para acompanharem e darem enquadramento a esse conjunto de jovens, e se verificou serem uns cepos que, em vez de fazerem parte da solução, acrescentam ao problema.
Neste negócio de grande risco (porque se baseia em talentos e humores de miúdos de vinte e poucos anos) os “prognósticos só se devem fazer depois do jogo”. Arrisco, contudo, que nesta fase final da época a equipa parece ter ganho uma capacidade mental que até agora aparecia por vezes, outras vezes não. É um facto que ao longo da época tanto os jogadores como o próprio treinador ganharam uma experiência que talvez se possa agora traduzir em resultados.
Os adeptos que andam constantemente a dizer que o Ricardo é um frangueiro e o Polga um enterra, deviam adoptar uma leitura mais menos estática das coisas, procurando acompanhar o dinamismo próprio da realidade. As equipas evoluem mesmo ao longo da mesma época e o que é facto é que a nossa parece estar agora mais consolidada. Reparem por exemplo que o Sporting já é a defesa menos batida da Liga.
O responsável principal por esta aquisição de mentalidade é o treinador Paulo Bento, de quem vem a afirmação: “Podíamos, porventura, ter matado o jogo mais cedo, mas gosto de ganhar por 1-0. Prefiro ganhar por 1-0 do que por 5-4. Denota maior concentração e maior organização”.
Eu não tenho a suficiente convicção para apostar que vamos ganhar o campeonato; mas será que os sportinguistas detractores das capacidades do treinador apostam que não vamos ganhá-lo?
Os adeptos que, no nosso estádio, se entretêm a assobiar alguns jogadores dificultam essa possibilidade. Não é por acaso que a equipa tem esta época piores resultados em casa do que fora. É porque se é verdade que, como diz Master Lizard “o triste palmarés do Sporting não é resultado dos assobios dos adeptos”, mas sim da “actuação desses agentes que têm canibalizado o Clube ao longo de todos estes anos, que (com bastantes e honrosas excepções é verdade!) têm servido mal e se têm servido (à fartazana!) do Sporting”, não é menos verdade que os assobios, pondo o(s) visado(s) a jogar sobre brasas, não ajudam a ganhar campeonatos.
Talvez seja verdade que, com escreve o Leão da Estrela, “os momentos autofágicos do Sporting têm motivos no próprio interior do clube” e não, como insinuou o Record, nos adeptos que postam nos blogs. Ou, como escreve o Sporting no Coração, “se os assobios continuarem, ficamos a saber que a pandilha do costume, aqueles que usando os mesmos métodos expulsaram Dias da Cunha, estão a preparar-se para embolsar mais uns milhões com a venda do Custódio e do Nani”.
O meu apelo vai para o adepto anónimo, no sentido de não se deixar ir nesta onda; ela só prejudica o Sporting.
Raul,
ResponderEliminarCompreendo o teu post e revejo-me em muitas das tuas afirmações. Mas, eu insisto mais uma vez nisto, enquanto existir este problema de comunicação e de verdadeiro défice democrático (passe o cliché!) no Sporting (que resulta do modelo oportunista de organização dos clubes e do futebol e afecta todos, claro) os adeptos vão sempre tentar resolver os problemas com as armas que têm. Infelizmente é assim, não há grande coisa a fazer.
No meio disto tudo (e porque estamos na Páscoa...) vão surgir uns cordeiros que serão sacrificados. Com prejuizo deles (maior ou menor conforme se ponham mais ou menos a jeito) e com prejuizo do Clube.
Infelizmente temos este ano um rebanho de cordeiros particularmente prontos para o sacrifício. Gente som a maturidade suficiente para não fazer de tudo isto um "caso". Em anos anteriores passou-se o mesmo, mas os jogadores de um modo geral conseguiram superar este problema. Por estarem em trânsito, ou por serem mais maduros, enfim, ou por haver gente no balneário e na direcção com mais traquejo para lidar com tudo isto, o certo é que os efeitos do assobio se faziam sentir menos. Mas mesmo assim não o "efeito assobio: não deixou de se fazer sentir. A ponto de as direcções se terem apropriado da técnica...
Mas, não é aqui que bate o ponto, repito.
Existem duas questões principais para estarmos como estamos.
Uma é de facto de faltar democraticidade a este SCP e de termos entrado nesta "terra de ninguém" que não é clube, nem empresa... (O falhanço total do projecto Roquette está nisso, nesta ambiguidade!). Sem poderem manifestar as suas posições em AG democráticas, nem, em alternativa, verem os seus direitos como consumidores respeitados, os adeptos estão confusos e vão barafustar sempre.
Por outro lado, existe uma questão que está a montante de tudo isto --que eu tratei em tempos num post-- que anda esquecida, mas que é mais actual que nunca: a questão da unidade!
As direcções recentes do Sporting não asseguram a unidade dos Sportinguistas!
Não há unidade!!!
O Sporting hoje é uma manta de retalhos, à deriva, sem saber para onde quer ir.
Fazer a unidade dos Sportinguistas (é fácil: é ser Sporting!!) é o primeiro passo de qualquer projecto de renovação do Sporting. Mas, para ser Sportinguista é preciso fazer ressuscitar os nossos valores. Onde estão eles agora?!!
O que temos hoje não é nada!
O facto de sermos a defesa menos abtida é como o de não eprdermos fora há X tempo: um clube que quer ganhar tem de vencer, e marcar, não se limitando a não sofrer e não perder. A citação do bento é elucidativa: faz lembrar o prof. neca, que até nem s eimprotava de ganhar por meio a zero...
ResponderEliminarSobre or esto: claro que as equipas evoluem: a nossa tinha o Carlos Martins, agora evoluiu para Farnerud, o que talvez seja lógico mas eu não entendo; quanto ao Ricardo, que tristeza, como em Braga se viu, um maricas a sair aos cruzamentos, já nem os colegas o aturam.
Sobre assobios: claro que são estúpidos, mas é no que dá glorificarem miúdos por causa de pré-épocas e de os lançarem mal, sem enquadramento de outros mais experientes nem lógica (agora que alterna com Moutinho à frente do trinco, Custódio joga melhor, claro).
Por fim: a 4 pontos do Porto, não sei para quê a conversa do título. Só se quiserem distrair da Taça, a única que podemos ganahr por nós. O resto é conversa.