terça-feira, 21 de agosto de 2007

Os apócrifos

Não, os apócrifos não fazem parte de uma nova corrente pré-socrática, descoberta por acaso em tradução atribuída a Plutarco de citações de Aristóteles. A caixa de correio do KL e a minha caixa pessoal têm sido inundados ultimamente com cópias de um aludido documento apócrifo, de supostos agentes, alegadamente da PJ. Se as cópias do supracitado "documento" pudessem ser trocadas por euros, nós aqui no KL ficávamos bastante bem na vida...
Um leitor do KL fez o favor de nos enviar mais uma cópia em forma de comentário, que publicamos seguindo a orientação de publicar tudo o que venha dos nossos leitores-- desde que não "abardine" demasiado aqui a nossa cena, uma vez que, como bons Sportinguistas, somos filhos de boas famílias e coramos com facilidade...
O assunto merece dois breves comentários.
Em primeiro lugar, tentamos aqui só falar do Sporting. O que se passa nos outros clubes, os piu-pius, dourados, encarnados, cor de rosa ou de outras cores não são do nosso campeonato e por isso ligamos-lhes na medida justa da importância que têm para o Sporting. Neste caso, sabe-nos bem constatar que a Ana, a Carolina, o Pinto, o Vieira, o cozinheiro e a mulher dele pertencem a um outro universo, quiçá mais picante que o nosso, mas a verdade é que o Sporting passa, felizmente, ao lado de tudo isto. A reserva que tem sido mantida pelos responsáveis relativamente a este assunto parece-me correcta.
Em segundo lugar, não somos parvos e todo este sururu cheira a manobra de diversão e a gente não se pode distrair.

9 comentários:

  1. Muito bem, se o resto da 'bloga' fosse assim tudo seria muito melhor.
    Sobre o SCP:a nova de hoje, renovação com o Adrien por 30 milho~es de cláusula, merece a vossa atenção. É igual à do Veloso e à do Moutinho, e eue digo que é baixa. O Adiren é o maior talento do SCP desde o Quaresma e o Ronaldo e, se os outros dois valem os elogios que lhes fazem, tamém deveriam valer pelo menos tanto como o que o ManU pagou ao FCP pelo Anderson. Até mais. Não acho que se justifique que os jogaodres mais bem apgaos sejam os que não têm mercado (propostas por Polga e Liedson, tivemos?) e se pague menos às vedetas, incluídos capitão da equipa, feitas na casa e com prcura euroopeia garantida. As cláusulas deviam ser pelo menos de 0 milhões, porque em Portugal tambem não se valorizam muito e na Champions habitualmente não vamos longe o suficiente para se valorizarem por aí.
    Isto liga a um coisa sobre a qual o RH tem escrito muito, o tecto salarial. Faz-me pensar que devia haver dois tectos: um para os jogadores cujos empresários não apresentem propostas fidedignas de outros clubes; outro para os que têm procura; para os primeiro, o actual tecto, ou até mais baixo, seria adequado, para os segundos, o tecto actual mais 50%, aprox.
    Agora, se em 2008 o Moutino, o Veloso e até o Adrien sairem por 30 milhões cada, não me digam que são grandes negócios.

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  2. Interessantes, como sempre, as reflexões e sugestões de Leone. E que lançam polémica sobre um assunto de gestão importante. (E, já agora, eu pelo-me por uma boa polémica).
    A questão das cláusulas de rescisão não é simples de gerir por várias razões. Às da própria natureza do negócio (a matéria-prima são putos de 19 e 20 anos) juntam-se factores conjunturais: o valor das transferências sofreu nesta última época uma significativa inflação. Valores antes só atingidos por Drogba passaram a ser quase banais.
    No montante proposto por Leone só aparece o zero, mas suponhamos que ele queria dizer 40 milhões. Se fosse na época passada era até demais; só o facto de ter havido a referida inflação (que ainda não sabemos se é para manter pois depende de factores incontroláveis) coloca a dúvida. Mas mesmo numa época inflacionada, Torres (avançado goleador, logo dos jogadores mais caros, ainda por cima vindo de um campeonato muito mais mediático, o que também conta para isto dos preços das cláusulas de rescisão) foi transaccionado por 36 milhões. Por outro lado a diferença entre uma cláusula de 30 e uma de 40 milhões são umas dezenas de milhar de euros por mês no ordenado do jogador, o que inflaciona o orçamento do clube e o risco (se ao jovem acontecer o mesmo que ao Jardel, ao Sporting acontece também o mesmo: perde uns milhões - em salários, se for um jogador da formação - num negócio que se previa bom). Depois ainda: suponhamos que a cláusula era de 40M e vinha o Barcelona oferecer 30M. O puto ficava de cabeça andar à roda e já só sonhava com a ida para a Catalunha. Como faríamos? Arriscávamo-nos a ficar com ele mais uma época desmotivado e a desvalorizar-se para depois o vender ao desbarato. 30M por um médio com alguma polivalência, mas de pendor defensivo, não me parece mau para cláusula de rescisão, digo com franqueza, pese embora o enorme potencial que vejo em Adrien.
    Agora, concordo com a indiciação das cláusulas de rescisão ao tipo de atleta, mas introduzindo pelo menos mais um parâmetro: a função em campo (um goleador vale sempre mais, no mercado, que um defesa). De qualquer maneira não sei se estes parâmetros deverão ser públicos, ou apenas pertencer ao foro dos decisores.
    Por último: o Porto, porque conquistou recentemente títulos europeus, vende mais caro que o Sporting (compare-se, por exemplo, Custódio com Ricardo Costa).

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  3. O que escrevi sobre as cláusulas de rescisão é aplicável, por maioria de razão, ao tecto salarial, no que estou de acordo com Leone. Aliás as cláusulas de rescisão têm uma relação (diria que directamente proporcional) ao salário do jogador.

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  4. Bem visto Raul, estou de acordo com o que escreve - e acertou em cheio, queria ter escrito 40 milhões.
    Só uma nota: se o Barça aparecesse com 30 em vez de 40, ou se recusava (se o puto tivesse cabeça) ou se aceitava, negociando claúsulas directamente com o clube (percetagem em venda futura, cedência de jogadores por empréstimo com ordenados pagos, etc.). Quant ao FCP vender mais caro por ter mais sucesso, de acordo, mas tem mais sucsso porque investe melhor - e isso traz-nos a outras conversas, como algumas sobre a organização do plantel, que comentei quando li o sue psot sobre esse assunto. Abraço

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  5. O Porto não investe melhor. Tem bons negócios porque faz tantos que alguns dão certo. O que o Porto gere bem é a peremanente presença na Liga dos Campeões. Mas nem isso lhe permite falhar tanto. Um dia, talvez, as contas hão-de estar claras

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  6. o fcp não investe melhor? óptimo, vamos então fazer negócios melhores que o do Anderson!

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  7. Caro Cleone, fazer um ou vários negócios melhores não é igual a investir melhor.

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  8. pois não, investir melhor é ganhar trofeus entre os negócios...
    e agora no DN de Sábado, a propósito de rescisões, mais uma pérola da gestão SCP:
    Director financeiro Rui Meireles voltou ao trabalho em Alvalade


    ISAURA ALMEIDA
    JOÃO SANTOS-'O JOGO' (imagem)

    Rui Meireles voltou ao trabalho no Sporting, mesmo depois de se ter despedido dos colaboradores antes de ir de férias, no final do mês de Julho. O director financeiro do clube estava a negociar a saída, conforme o presidente Filipe Soares Franco confirmou ao DN Sport no dia 27 de Julho, mas a verba da cláusula de rescisão (670 mil euros) do contrato assinado ainda na altura de José Roquette e Simões de Almeida é incomportável para os cofres leoninos.

    A mesma verba dava para contratar três reforços: Gladstone (250 mil), Izmailov (150 mil) e Pedro Silva (250 mil). Quando foi de férias, Rui Meireles enviou um mail aos funcionários e colaboradores informando que estava de saída e agradecendo a colaboração.

    O ex-director financeiro da SAD foi importante no emagrecimento das despesas leoninas com pessoal e na restruturação das empresas do "mundo Sporting", assim como mereceu a confiança de Dias da Cunha e Paulo de Andrade para renegociar o projecto financeiro do clube junto da banca, que incluía a alienação de património. Apesar disso, foi criando também algumas incompatibilidade dentro do futebol, nomeadamente com o ex-treinador leonino José Peseiro e o actual director desportivo Pedro Barbosa.

    Meireles abdicou ainda de 20 mil euros do valor da cláusula de rescisão e pediu 650 mil euros para deixar em definitivo Alvalade. O Sporting contrapôs e avançou cerca de metade do valor pedido. Como as negociações não chegaram a bom termo o dirigente voltou ao trabalho. O DN Sport tentou contactar Rui Meireles, mas tal não foi possível até ao fecho desta edição, já que mal saiu do escritório da sede leonina ficou incontactável.


    e de facto, palavras para quê?

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