segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Dão-me licença?

Pode um lagarto, de uma espécie em vias de extinção, que já não é sócio do SCP, dizer o que lhe vai na alma?
Está tudo preocupado com pormenores e ninguém parece interessado em criticar as razões primeiras do mal-estar que todos sentimos e é reflectido no nosso blog.
Embora agora afastado dos meandros do Clube, o que me rouba capacidade para entender certas reacções da massa associativa e me impede de ajuizar conscientemente os actos da direcção ou as opções do treinador, o ter visto jogar o Sporting nas décadas de 40 e 50 e ter pertencido ao Conselho Geral nos anos 60, permite-me estabelecer comparações que gostaria de partilhar convosco, a conta-gotas, para não vos chatear muito!
Antes, porém, à guisa de preâmbulo, uma confissão. Não me chocou por aí além o resultado do desafio com o Braga. A equipa, não jogou melhor nem pior do que noutros desafios ultimamente disputados. Há uns dois anos que a equipa vem demonstrando uma confrangedora inépcia atacante. Creio que já aqui o referi. A culpa do "desastre" de ontem deve ser repartida pelo treinador e pelos jogadores. Um porque já devia ter reconhecido as insuficiências do sistema que adoptou, os outros porque deviam treinar, mesmo "fora de horas" e exaustivamente, (como o Peyroteu e o Eusébio treinavam...) o remate à baliza, de todos os ângulos e em todas as circunstâncias. Não fazem mais nada e deveriam justificar as fortunas que lhes são pagas.
Mas não exageremos. O resultado de um jogo de futebol, onde somos simples espectadores sem influência directa no seu desenrolar, nunca poderá constituir uma humilhação pessoal...
Vocês vão ver que daqui a 20 anos os resultados deixam de vos emocionar tanto e as bocas dos lampiões nem sequer deixarão mossa...

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